A Índia assumiu a liderança mundial no número de universidades e passou a chamar a atenção de estudantes internacionais, incluindo brasileiros. Segundo dados divulgados em julho de 2023 pela Statista, plataforma alemã especializada em dados globais, o país asiático conta atualmente com 5.349 instituições de ensino superior, superando potências tradicionais como Estados Unidos e China.
O resultado surpreende pelo tamanho da vantagem. O segundo colocado no ranking é a Indonésia, com 3.277 universidades, número cerca de 40% inferior ao da Índia. O avanço reflete investimentos feitos ao longo das últimas décadas para ampliar o acesso ao ensino superior e atender a uma população de mais de 1,4 bilhão de habitantes.
Apesar de ainda enfrentar desafios estruturais em algumas regiões, a Índia passou a ocupar posição central no cenário educacional global, oferecendo desde universidades públicas de grande porte até instituições privadas especializadas em tecnologia, engenharia, medicina e ciências sociais.

Brasileiros podem estudar no país, mas precisam de visto
Estudantes brasileiros interessados em cursar graduação, pós-graduação ou programas de longa duração na Índia precisam de visto de estudante, já que a isenção vale apenas para cidadãos do Butão e do Nepal, além de pessoas com status especial de origem indiana.
O processo, no entanto, é considerado relativamente simples. O primeiro passo é obter uma carta oficial de admissão de uma instituição indiana, preferencialmente em inglês. O curso precisa ter duração mínima de seis meses.
Além disso, o estudante deve comprovar que possui recursos financeiros suficientes para se manter no país sem necessidade de trabalhar.
Exigências e validade do visto
Entre os documentos exigidos estão:
- Comprovante de admissão em universidade indiana;
- Declaração financeira;
- Documentação médica, incluindo um Certificado de Não Objeção do Ministério da Saúde;
- Traduções juramentadas, quando necessário.
O visto de estudante indiano pode ter validade de até cinco anos, com taxas que variam, dependendo da nacionalidade do passaporte. O pagamento costuma ser feito em dólar e, cada vez mais, por cartão.
O que o estudante precisa saber antes de ir
Diferentemente de outros vistos, o estudante pode entrar na Índia por quase qualquer ponto do país, exceto pelas fronteiras com a China e o Paquistão. No entanto, viagens prévias ao Paquistão podem tornar o processo mais demorado, segundo orientações consulares.
Outro ponto importante é que, ao concluir os estudos, quem desejar trabalhar na Índia precisa deixar o país e solicitar um novo visto, já que a autorização de trabalho não pode ser convertida diretamente a partir do visto estudantil.




