Um dos estudos mais extensos já realizados sobre hábitos de vida e saúde trouxe respostas objetivas para uma questão que intriga gerações: afinal, o que realmente prolonga a vida?
Pesquisadores da Harvard T.H. Chan School of Public Health analisaram dados coletados ao longo de mais de 30 anos em duas grandes coortes nos Estados Unidos e chegaram a uma fórmula prática: cinco comportamentos de baixo risco podem acrescentar até dez anos de vida a homens e mulheres que os adotam
A pesquisa reuniu informações de 78.865 mulheres acompanhadas durante 34 anos pelo Nurses’ Health Study e de 44.354 homens observados por 27 anos no Health Professionals Follow-up Study.
Os cientistas estabeleceram cinco fatores de baixo risco associados à redução da mortalidade precoce e compararam indivíduos que seguiam esses hábitos com aqueles que não os praticavam.
Os cinco hábitos que mudam o jogo
Segundo os pesquisadores, os pilares da longevidade são:
- Não fumar em nenhuma etapa da vida.
- Manter um IMC saudável (entre 18,5 e 24,9 kg/m²).
- Praticar atividade física por pelo menos 30 minutos diários.
- Consumir álcool com moderação (até um drinque por dia para mulheres e dois para homens).
- Adotar uma dieta de qualidade, com ênfase em alimentos naturais e variados.
A análise mostrou que, a partir dos 50 anos, a diferença entre quem adota ou não esses hábitos se torna muito mais expressiva. Pessoas que seguiram os cinco fatores viveram, em média, 14 anos a mais no caso das mulheres e 12 anos a mais no caso dos homens, em comparação com os que não os praticavam.
Mais do que viver, viver bem
Os resultados reforçam que longevidade não se resume apenas a genética — responsável por cerca de 25% da variação no tempo de vida. O restante está diretamente ligado ao estilo de vida.
Além de prolongar os anos, os bons hábitos contribuem para uma melhor qualidade de vida, reduzindo o risco de doenças crônicas como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer, e aumentando as chances de envelhecer com autonomia.
“Viver mais é também viver melhor. A adoção desses cinco fatores mostra que escolhas diárias podem ter impacto profundo na saúde e na longevidade”, ressaltam os autores do estudo.