Mais comum em pessoas idosas (mas também possível em pacientes mais jovens), demência é uma condição crônica e progressiva, que afeta a função cerebral, causando problemas de memória, linguagem, raciocínio e comportamento. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência.
Apesar da demência não ter cura, existem sim formas de tratamento que podem ajudar a amenizar e atrasar a progressão dos sintomas. Justamente por isso, é importante tentar fazer uma diagnóstico precoce.
Estudo na Finlândia aponta indicadores precoces da demência
Um estudo recente feito na Finlândia revelou um indicador social que pode antecipar o surgimento da doença: ficar sem emprego antes de se aposentar. A pesquisa descobriu que a participação no mercado de trabalho de todos os grupos de demência analisados diminuiu muito até dez anos antes deles receberem o diagnóstico.
De acordo com o Diário do Litoral, o estudo reuniu dados de 2,2 mil pacientes, coordenados pelo Centro Nacional de Neurociência. Foram comparados dados de pacientes da mesma idade, sexo e região de residência.
Segundo os resultados, desemprego prolongado e isolamento social podem ser indicadores da demência, antes mesmo dos primeiros sintomas surgirem. “Observamos que, por exemplo, o afastamento da vida profissional sem uma razão clara pode ser um dos primeiros sinais da doença. A atenção a esses sinais sociais pode apoiar o diagnóstico nos primeiros estágios”, explicou uma das envolvidas na pesquisa, a doutoranda Ave Kivisild.
Para o pesquisador principal, Eino Solje, esses sinais podem ajudar a programar melhor os rastreamentos e medidas preventivas.