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Estudo revela que treinar em jejum pode ser mais perigoso do que parece

Por Pedro Silvini
14/12/2025
Em Geral
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Mulher treinando

(Reprodução/IStock)

A prática de treinar em jejum, popularizada nos últimos anos junto com o jejum intermitente, pode não trazer os benefícios prometidos e ainda representar riscos à saúde. É o que indica uma revisão científica publicada na revista Clinical Nutrition ESPEN, que analisou dezenas de estudos sobre o tema e concluiu que a atividade física sem alimentação prévia não melhora a queima de gordura nem o uso da glicose em comparação aos treinos feitos após comer.

O jejum intermitente ganhou força a partir de 2015 e passou a ser adotado por pessoas em busca de emagrecimento e melhora da saúde cardiovascular. Estudos de grande porte indicam que a estratégia pode trazer benefícios, especialmente para quem tem sobrepeso ou obesidade, como perda de peso, redução da resistência à insulina, queda da inflamação, melhora do colesterol e da pressão arterial.

No entanto, especialistas alertam que esses efeitos não estão necessariamente ligados ao treino em jejum, mas sim à redução calórica total e a hábitos mais saudáveis.

Estudo analisou 28 pesquisas e não encontrou vantagem metabólica

Na revisão do Clinical Nutrition ESPEN, pesquisadores do Irã, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil analisaram 28 estudos, envolvendo 302 adultos saudáveis, para avaliar se malhar em jejum realmente potencializa resultados.

A conclusão foi: não houve diferença significativa no uso de gordura ou glicose como fonte de energia entre quem treinava em jejum e quem se exercitava após se alimentar. Segundo os autores, a prática não oferece vantagem metabólica comprovada.

Riscos aumentam sem hidratação e nutrientes

Além da ausência de benefícios, especialistas chamam atenção para os riscos. A treinadora atlética Jennifer Dix, ATC, afirma que o exercício físico durante o jejum exige cuidados extras.

“Quando você está fisicamente ativo enquanto jejua, o risco de desidratação e de doenças relacionadas ao calor é muito maior. É algo que precisa de muita cautela”, alerta Dix.

Segundo ela, do ponto de vista fisiológico, o momento mais seguro para se exercitar é quando o corpo está bem hidratado. Durante períodos sem ingestão de água e nutrientes, o organismo tem menos energia para sustentar o esforço físico.

Quando é mais seguro treinar durante o jejum?

No caso do jejum intermitente, há maior flexibilidade. A recomendação é ajustar os treinos para os períodos em que a alimentação é permitida.

“Se você faz jejum intermitente por saúde ou emagrecimento, pode alinhar o horário do treino com os momentos em que pode comer e se hidratar de forma segura”, explica Jennifer Dix.

Já em jejuns religiosos completos, que restringem alimentos e líquidos por várias horas ou até um dia inteiro, a orientação é ainda mais cautelosa. Em situações como o Ramadã, Yom Kippur ou outros períodos sem ingestão de água, especialistas recomendam evitar exercícios intensos.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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