Eike Batista, anteriormente o homem mais rico do Brasil, retornou ao cenário empresarial com a supercana, um audacioso projeto visando revolucionar o setor de biocombustíveis. Em abril de 2025, ele anunciou um investimento de US$ 500 milhões na iniciativa que busca multiplicar a produção de etanol e biomassa por hectare. “I’m back”, escreveu Batista no X na ocasião.
Em inglês, o post seguinte mencionou Elon Musk: “Hey @elonmusk, remember Rio ’08? Let’s talk supercana and X!” (‘”Hey Elon Musk, lembra do Rio em 2008? Vamos falar de supercana e X!”).
Desenvolvida por aprimoramento genético, a supercana é testada em uma usina em Araras, São Paulo. O projeto visa também a fabricação de embalagens sustentáveis, alinhando-se a tendências globais de economia circular.
Especialistas ressaltam o potencial estratégico da supercana, especialmente no contexto atual de busca por alternativas aos combustíveis fósseis. Grandes investidores internacionais, como o grupo Brasilinvest e fundos de Abu Dhabi, veem um promissor retorno econômico.
Com metas de cultivar centenas de milhares de hectares até 2031, o projeto também busca converter biomassa em produtos biodegradáveis, mostrando-se uma opção viável na redução da pegada de carbono.
Desafios de implementação
Apesar do entusiasmo inicial, o projeto enfrenta desafios técnicos e logísticos significativos. As condições variáveis de solo e clima no Brasil exigem adaptações das técnicas de cultivo.
Além disso, a supercana necessita de maquinário específico devido à resistência da sua biomassa, aspecto que requer investimentos adicionais. Ainda assim, o plantio inicial de 50 hectares está programado para começar este ano, com expectativas de superar esses desafios.
No entanto, a transição para uma produção em larga escala ainda gera debate entre especialistas quanto à viabilidade econômica e ecológica.




