Com a tecnologia cada vez mais presente na rotina familiar, é comum ver crianças com os olhos fixos em celulares, tablets e televisores. No entanto, especialistas alertam que o uso excessivo de telas pode prejudicar o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo de crianças e adolescentes — e que, por isso, é fundamental estabelecer limites de tempo e de conteúdo, conforme a idade.
Segundo a Mayo Clinic e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o problema não está apenas no uso da tecnologia, mas em como ela é utilizada. “As telas não são boas nem ruins — tudo depende de como são usadas”, afirma a pediatra Nusheen Ameenuddin, da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.
Limites por faixa etária
A seguir, veja o que recomendam os especialistas:
- Menores de 2 anos: nenhum contato com telas, exceto chamadas de vídeo com familiares.
- De 2 a 5 anos: até 1 hora por dia, com conteúdo educativo e acompanhamento dos pais.
- De 6 a 10 anos: entre 1 e 2 horas por dia, com supervisão e preferência por conteúdos de qualidade.
- De 11 a 18 anos: até 3 horas por dia, excluindo atividades escolares online.
Mais importante que o tempo, é a qualidade do conteúdo e a presença ativa dos pais ou responsáveis. A participação dos adultos ajuda a criança a compreender melhor o que está assistindo, promovendo aprendizado em vez de passividade.
Riscos do uso excessivo
O uso desenfreado de dispositivos eletrônicos pode trazer uma série de consequências negativas, tanto físicas quanto psicológicas. Entre os principais problemas estão:
- Transtornos do sono
- Problemas posturais e musculares
- Dificuldades de concentração
- Ansiedade e depressão
- Problemas de visão e audição
- Desenvolvimento precoce de dependência digital
Além disso, a exposição constante a padrões irreais de beleza e sucesso nas redes sociais pode comprometer a autoestima e o bem-estar emocional das crianças e adolescentes.




