Nesta semana, o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), suspendeu temporariamente a produção de refrigerantes de uma unidade da Solar, considerada a segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil. Quem emitiu essa ordem foi o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para investigar a suspeita de contaminação por etanol alimentício no líquido de resfriamento utilizado em uma linha de produção do refrigerante.
A Solar possui unidades em outras regiões do Brasil, mas apenas a fábrica em Maracanaú, no Ceará, teve suas atividades interrompidas. De acordo com o ministro, a pasta também quer saber outras informações do local, como saber se o etanol (álcool) alimentício estava presente na produção do refrigerante.
Por meio de nota oficial a Solar informou que as atividades foram paralisadas, com o objetivo único de comprovar a segurança dos seus produtos. A fábrica garantiu, inclusive, que as atividades laborais já foram retomadas, nesta sexta-feira (06), após parecer do Mapa.
“Conforme nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na tarde de hoje, após apresentação dos resultados de rigorosos testes que confirmaram absoluta segurança dos processos produtivos da Solar, a empresa foi autorizada a retomar a sua produção na fábrica de Maracanaú (CE).
A Solar reforça que em nenhum momento a segurança dos produtos foi afetada. Como sempre, a empresa seguirá trabalhando em colaboração e parceria com as autoridades.
Reiteramos que somos uma empresa certificada pela FSSC 22000 de segurança de alimentos e pela ISO 9001 de gestão da qualidade, pela ISO 14001 de gestão ambiental e pela ISO 45001 de gestão de saúde e segurança. Atendemos aos mais altos padrões produtivos internacionais e em conformidade com rígidos protocolos de controle sanitário em todas as etapas. As nossas licenças de operação seguem válidas e atuais, além de sermos submetidos continuamente a auditorias externas e internas”, escreveu a Solar.
Saiba mais informações sobre a fábrica de Coca-Cola parasiliada no Ceará
Para tranquilizar a população, Fávaro ressaltou que, se houver a confirmação do componente, essa contaminação não traz riscos para a saúde, mas se tornou uma questão comercial, uma vez que os refrigerantes não contêm álcool: “Esta empresa usa o etanol alimentício e água no processo de resfriamento. Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante] não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer”, disse.
Inclusive, o ministro ainda brincou com a situação, afirmando que: “Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre”, um drinque popular composto por Coca-Cola e Rum. Enquanto isso, cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram encaminhados para análise laboratorial e a expectativa é que as atividades na fábrica voltem ao normal rapidamente.