O mundo está enfrentando um aumento significativo das temperaturas, provocando ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas. De acordo com dados recentes, as mortes relacionadas ao calor extremo já afetam milhões de pessoas globalmente, sendo especialmente devastadoras para populações vulneráveis, como idosos e indivíduos de baixa renda.
Esse fenômeno ameaça não apenas vidas, mas também ecossistemas essenciais, como os recifes de corais, que desempenham um papel crucial na manutenção da biodiversidade e da segurança alimentar.
As mudanças climáticas têm intensificado essas ondas de calor, aumentando sua frequência e duração. Segundo especialistas, sem uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, conforme estipulado pelo Acordo de Paris, o planeta pode experimentar um aumento médio de temperatura global de até 2,6 °C até o final do século.
Isso resultará em mais de 57 dias adicionais de calor extremo por ano, aumentando a pressão sobre recursos hídricos e sistemas de saúde.
Questões sanitárias
O impacto do calor extremo não se resume às mortes. Doenças cardiovasculares e respiratórias, agravadas pelas altas temperaturas, representam um perigo crescente para milhões de pessoas. Estima-se que o número de mortes causadas por calor extremo possa dobrar até 2050.
Cidades com grande densidade populacional, como São Paulo e Rio de Janeiro, são particularmente vulneráveis. A desigualdade social exacerba o problema, deixando as populações mais pobres ainda mais expostas, devido à falta de infraestrutura e ao acesso limitado a recursos como ar-condicionado.
Para mitigar os efeitos das ondas de calor, são necessárias ações urgentes de adaptação. Isso envolve repensar a infraestrutura urbana, expandindo áreas verdes e implementando sistemas de alerta precoce.