O Brasil foi escolhido pela FIFA para sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, em decisão anunciada durante o Congresso da entidade, realizado em Bangkok, na Tailândia. Essa será a primeira vez que a competição acontece na América do Sul, marcando um momento histórico para o desenvolvimento do futebol feminino no continente.
A candidatura brasileira superou a proposta conjunta de Bélgica, Alemanha e Holanda, que também disputavam o direito de sediar o torneio. Já os Estados Unidos e o México desistiram da corrida em abril deste ano.
Segundo o presidente da FIFA, Gianni Infantino, a escolha reflete a tradição e a capacidade do Brasil de organizar grandes eventos esportivos:
“A escolha foi muito difícil, pois todas as candidaturas apresentaram um nível excepcional. Uma jornada empolgante nos espera, e com o futebol feminino se unindo pela primeira vez na América do Sul, graças ao Brasil, estou entusiasmado para trabalhar com todas as cidades para fazer desta uma experiência memorável, com impacto positivo e duradouro”, afirmou Infantino.
Cidades-sede e infraestrutura
O torneio será disputado em oito cidades brasileiras:
- Brasília
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Salvador
- Belo Horizonte
- Porto Alegre
- Fortaleza
- Recife
Cada cidade organizará eventos de celebração, como iluminação de monumentos, coletivas de imprensa e ativações em redes sociais para marcar a contagem regressiva para a competição.
Impacto social e legado
O Ministério do Esporte lidera a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, com ações que vão desde a formação de novas jogadoras até a capacitação de técnicas, árbitras e gestoras. Para o ministro André Fufuca, a Copa representa um marco:
“O Brasil está pronto para fazer história. Queremos mostrar ao mundo que a paixão pelo futebol pode ser uma ferramenta para promover igualdade, respeito e oportunidades. Vamos fazer da Copa de 2027 a mais impactante da história”, disse o ministro.
A diretora de Políticas de Futebol Feminino do ministério, Marileia dos Santos (Michael Jackson), reforçou que o legado vai além do evento:
“O objetivo é descentralizar e levar o impacto do futebol feminino a todos os cantos do país, fortalecendo a base e incentivando mais meninas e mulheres a praticarem a modalidade”, afirmou.
Histórico e expectativa brasileira
O Brasil busca um título inédito. O melhor desempenho da seleção feminina foi o vice-campeonato em 2007, quando perdeu para a Alemanha. Mesmo sem troféu, o país é destaque no torneio com Marta, maior artilheira da história das Copas (17 gols).
A competição, realizada desde 1991, já teve campeãs como Estados Unidos (quatro títulos), Alemanha (dois), Noruega, Japão e Espanha (atual campeã).
Com a confirmação, o Brasil se prepara para sediar sua primeira Copa do Mundo Feminina, depois de ter organizado as masculinas de 1950 e 2014.