Bill Gates, cofundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo, decidiu literalmente arregaçar as mangas para ajudar a filha mais nova, Phoebe Gates, de 21 anos, em um desafio inesperado. Em vez de oferecer apenas conselhos de bastidores ou investir milhões em sua startup, o bilionário aceitou um pedido incomum da filha: trabalhar como atendente de suporte ao cliente em seu novo negócio, a Phia, plataforma de moda movida por inteligência artificial.
A iniciativa chamou a atenção não apenas pelo gesto inusitado, mas também pela postura firme de Gates. Ele deixou claro que, embora apoie a filha, não pretende bancar financeiramente o empreendimento, que nasceu com a proposta de se manter independente e competitivo no mercado. “A melhor forma de entender onde um produto funciona – ou quebra – é ir direto para os usuários”, disse Gates em uma publicação no LinkedIn. “Por isso, aceitei o convite e vou trabalhar por um dia no time de atendimento da Phia. Quando sua filha pede, a única resposta certa é sim.”
Criada por Phoebe e sua colega de Stanford, Sophia Kianni, a Phia promete revolucionar o e-commerce de moda. A plataforma funciona como uma espécie de “Booking.com da moda”, permitindo comparar preços de roupas e acessórios – novos e de segunda mão – em mais de 40 mil sites, além de destacar opções sustentáveis e com menor impacto ambiental. A ideia é ajudar consumidores a encontrarem os melhores preços e alternativas mais ecológicas sem abrir mão da praticidade.
Lição de Gates
Para Gates, a experiência na linha de frente serviu como uma aula prática de liderança. Ele relembrou que, durante sua carreira na Microsoft, sempre defendeu que grandes executivos passem tempo próximos aos clientes para compreender suas necessidades reais. “Passei anos pensando em como a tecnologia pode tornar os sistemas mais eficientes e acessíveis, mas nada substitui ouvir diretamente quem usa o produto”, completou.
O gesto do bilionário também reforça um ponto que ele costuma destacar em relação à criação dos filhos: apesar de sua fortuna, Gates já afirmou que não deixará heranças bilionárias, preferindo incentivar que eles construam suas próprias carreiras e conquistem independência financeira. O apoio à Phia, portanto, é mais estratégico e motivacional do que financeiro.
Nos últimos meses, Phoebe tem se tornado uma figura mais pública, participando de podcasts e entrevistas nas quais fala sobre os desafios de ser filha de um dos homens mais influentes do mundo. Em um episódio de seu podcast The Burnouts, ela admitiu: “Eu tinha tanta insegurança e essa necessidade de provar que posso fazer algo por mim mesma. Ser uma ‘nepo baby’ pesa, especialmente quando você quer ser levada a sério”.
Agora, com a Phia em crescimento e a ajuda inusitada do pai, Phoebe parece determinada a provar que seu caminho no empreendedorismo é fruto de esforço próprio – mesmo que, de vez em quando, conte com o reforço de Bill Gates no atendimento ao cliente.
