Nativa da Amazônia, a pupunha vem chamando a atenção de nutricionistas e pesquisadores por seus benefícios à saúde e potencial de auxiliar no controle do peso — efeito que a fez ser comparada ao Ozempic, medicamento usado no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Além de natural e rica em nutrientes, a pupunha tem um custo acessível: um pote de palmito pupunha em conserva pode ser encontrado por menos de R$ 20 em supermercados e feiras pelo país.
Muito além do tradicional palmito, o fruto da pupunha é um verdadeiro alimento funcional. Ele contém altas concentrações de fibras, que favorecem o funcionamento intestinal, promovem saciedade e ajudam a evitar picos de glicose no sangue — fatores essenciais para quem busca emagrecer de forma saudável.
“A pupunha é rica em fibras e carotenoides, além de vitaminas A e C, cálcio e fósforo. Esses nutrientes fortalecem a imunidade e melhoram a saúde da pele, dos olhos e dos cabelos”, explica Ádrea Moreira, nutricionista e docente do curso de Nutrição da UNAMA Santarém.
Aliada do controle de peso
Apesar de ser calórica, a pupunha pode integrar dietas de emagrecimento, desde que consumida com moderação. Suas fibras aumentam a sensação de saciedade, reduzindo a fome e auxiliando no controle do apetite — efeito semelhante ao que o Ozempic proporciona por meio de mecanismos hormonais. A vantagem, neste caso, é que se trata de um alimento natural, sem contraindicações para a maioria das pessoas.
“Ela não precisa ser excluída de dietas de emagrecimento. O importante é o equilíbrio, já que os benefícios são muitos”, afirma Ádrea.
Sustentável e versátil
Além dos benefícios à saúde, a pupunha se destaca pela produção sustentável. Diferentemente de outras espécies, a extração do palmito pupunha não destrói a palmeira, permitindo colheitas contínuas e reduzindo o impacto ambiental.
Na culinária, é possível consumir o fruto cozido, em substituição a pães ou lanches, ou utilizar o palmito em saladas, massas, tortas e recheios. O fruto também pode ser transformado em farinha para massas e bolos.
Como consumir com segurança
A pupunha deve ser sempre cozida, já que crua contém substâncias que podem irritar o trato digestivo. Pessoas com problemas renais devem evitar o consumo excessivo por conta do teor de oxalato de cálcio.
De acordo com a nutricionista, o ideal é adaptar a quantidade à rotina de cada pessoa. “A pupunha pode ser inserida nas refeições principais, como acompanhamento, ou servir de lanche entre as refeições. É uma forma deliciosa e acessível de cuidar da saúde”, completa Ádrea.




