A Joann, uma das maiores redes de varejo dos Estados Unidos no segmento de artesanato, tecidos e artigos de costura, decretou falência e confirmou o fechamento de todas as suas quase 800 lojas espalhadas por 49 estados. O anúncio foi feito em fevereiro deste ano, após a empresa enfrentar seguidas crises financeiras e duas passagens por processos de recuperação judicial.
Fundada há mais de 80 anos, a rede — anteriormente conhecida como Jo-Ann Fabrics — era considerada uma das preferidas do público que buscava artigos de DIY (faça você mesmo), costura e trabalhos manuais.
O início da pandemia chegou a impulsionar temporariamente as vendas da Joann, com consumidores investindo em atividades artesanais dentro de casa. No entanto, o movimento não se sustentou. Nos últimos anos, a companhia perdeu espaço para concorrentes como Hobby Lobby e Michaels, além de enfrentar forte pressão de varejistas online.
De acordo com o analista de mercado Neil Saunders, ouvido pela NPR, a Joann não conseguiu se reinventar diante da mudança de hábitos de consumo e do avanço digital no setor.
Fechamentos em andamento
O processo de liquidação está em curso. Até abril, 255 lojas já haviam encerrado suas atividades, enquanto as demais, cerca de 535 unidades, devem fechar até o fim de maio.
As liquidações são realizadas apenas nas lojas físicas, já que o site oficial deixou de aceitar pedidos online, servindo apenas como canal de informações sobre descontos e endereços ainda ativos.
Falência definitiva
A sede da empresa, localizada em Hudson, Ohio, havia protocolado pedido de falência pela primeira vez há mais de um ano, em meio ao endividamento crescente. Apesar de uma tentativa inicial de manter lojas abertas durante a reestruturação, a segunda declaração de falência em janeiro de 2025 marcou a decisão de encerrar definitivamente as operações.
Na época, o CEO interino Michael Prendergast afirmou que a venda da companhia e o fechamento em escala nacional eram considerados o “melhor caminho” para os credores e investidores.