A Gol Linhas Aéreas anunciou, na última segunda-feira (13), um plano de reestruturação societária que levará ao fechamento de seu capital no Brasil. A iniciativa foi tomada após a conclusão do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, concluído em junho deste ano.
A holding Abra, que aumentou sua participação na Gol de 52% para mais de 80%, está por trás dessa estratégia de reorganização. O objetivo é simplificar a estrutura da empresa, otimizar operações e reduzir custos.
Mudanças significativas para acionistas
Os acionistas da Gol terão novas opções diante da reestruturação. Eles poderão participar de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) ou continuar como acionistas na nova estrutura privada sob o controle da Abra.
Cada ação ordinária da Gol será trocada por uma ação ordinária da nova Gol Linhas Aéreas. Os detentores de ações preferenciais receberão 35 ações ordinárias da nova empresa para cada ação preferencial.
Implicações da saída da B3
A decisão de retirar a Gol da B3 faz parte de uma estratégia de reformulação da governança corporativa. Atualmente, apenas 0,78% das ações preferenciais estão em circulação. A empresa busca centralizar o controle acionário para melhorar a eficiência interna.
A expectativa é que a mudança também facilite planos futuros do Grupo Abra, que pretende abrir capital em mercados internacionais.
Assembleia geral
Está marcada uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 4 de novembro, onde a proposta de reestruturação será submetida à aprovação dos acionistas. A conclusão desse processo está prevista até fevereiro do próximo ano, caso aprovada.
O aval dos órgãos regulatórios também é necessário para o andamento do plano.