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Golpe de quase R$ 5 bilhões no Pix pega o Governo de surpresa

Por Pedro Silvini
22/04/2025
Em Geral
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Pagamento por PIX

(Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O volume de perdas por fraudes no Pix chegou a R$ 4,9 bilhões no acumulado de 2024, segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) junto ao Banco Central. O número representa um aumento de 70% em relação a todo o ano de 2023, quando os prejuízos somaram R$ 2,9 bilhões.

As fraudes envolvem transações realizadas por meio de golpes, como estelionatos, transferências não autorizadas ou sob coerção, que após análise das instituições financeiras, foram consideradas procedentes. Apenas em janeiro deste ano, 324.752 notificações de fraudes foram registradas e validadas.

O Banco Central ainda não se manifestou oficialmente sobre os dados mais recentes, mas instituições já cobram medidas mais rígidas. Em 2022, uma fiscalização geral no sistema financeiro levou ao aumento da vigilância sobre processos de verificação de identidade e abertura de contas digitais.

Apesar da gravidade dos casos, as perdas representam apenas 0,019% do total movimentado via Pix em 2024, que soma R$ 26,4 trilhões. Ainda assim, os números chamam atenção pela velocidade com que vêm crescendo.

Contas “laranja”

De acordo com o Banco Central, a maioria das devoluções de valores solicitadas após fraude não pôde ser efetivada por falta de saldo ou encerramento das contas que receberam os recursos. Especialistas apontam que essas contas são frequentemente usadas como “contas-laranja” ou “contas de passagem” — perfis bancários alugados por criminosos para dificultar o rastreamento do dinheiro.

As instituições financeiras relatam que essas contas são, em geral, pouco utilizadas por seus titulares e, muitas vezes, são cedidas de forma consciente. Segundo Victor Thomazetti, superintendente de Segurança Corporativa do Itaú Unibanco, essa prática corresponde à maioria dos casos e é alimentada por grupos em redes sociais que pagam até R$ 10 mil pelo “aluguel” das contas.

Há também fraudes por meio da abertura de contas falsas, feitas com documentos vazados. Embora em menor número, esse tipo de golpe preocupa pela facilidade com que dados pessoais podem ser obtidos ilegalmente.

Projeções preocupam

Um estudo global da ACI Worldwide estima que os golpes por Pix no Brasil podem atingir R$ 11 bilhões até 2028. A empresa aponta que os pagamentos em tempo real — como o Pix — devem representar até 80% das perdas por fraudes via aplicativos em todo o mundo.

O relatório também reconhece que o sistema Pix revolucionou as transações financeiras no Brasil, mas alerta que a mesma velocidade que facilita o uso do serviço também favorece a ação de criminosos.

Entre os mecanismos já adotados, estão o monitoramento comportamental, limites de transferências em horários noturnos, bloqueios cautelares e o uso de inteligência artificial para detectar atividades suspeitas. O compartilhamento de dados entre instituições, por meio do Open Finance, também tem sido ampliado.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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