Temporada de fim de ano chegando, cresce o número de turistas em busca de casas de temporada. Mas, junto com o aumento das viagens, também dispara a ação de golpistas. O que deveria ser um período de descanso muitas vezes se transforma em dor de cabeça, prejuízo financeiro e férias arruinadas.
Embora o senso comum aponte os idosos como as principais vítimas, os dados mostram o contrário. Segundo pesquisa do DataSenado, que ouviu quase 22 mil pessoas, jovens entre 16 e 29 anos representam 27% das vítimas, enquanto pessoas acima de 60 anos correspondem a apenas 16%.
Especialistas alertam para uma série de indícios que ajudam a identificar anúncios fraudulentos. Entre os principais estão:
- Preço muito abaixo da média da região, especialmente em alta temporada.
- Pressa para fechar o negócio, com insistência em pagamento imediato via Pix para pessoa física.
- Falta de documentação, como contrato, matrícula do imóvel e comprovantes de propriedade.
- Pouca transparência nas informações, com fotos repetidas, descrições vagas e ausência de referências.
- Perfis recém-criados ou sem histórico em plataformas de hospedagem.
- Recusa em realizar videochamada ou visita virtual, o que impede qualquer verificação.
Os golpes variam, mas o desfecho é sempre semelhante: o viajante chega ao destino sem hospedagem e sem possibilidade de recuperar o dinheiro.
Fraudes crescem
De acordo com pesquisa da empresa de segurança digital McAfee, 28% dos viajantes já caíram em algum golpe ao reservar hospedagem. Entre os mais comuns estão:
- Inserção de dados bancários em sites falsos, usados depois para transações fraudulentas (15%);
- Clique em links maliciosos enviados por remetentes desconhecidos (10%);
- Fotos manipuladas de imóveis e destinos (8%).
Outros 28% afirmaram ter sido vítimas durante a viagem, após pagar por hospedagens inexistentes (13%), excursões fantasmas (10%) ou experiências completamente diferentes das anunciadas (9%).
Como evitar cair em golpes
Plataformas confiáveis são o primeiro passo para reduzir riscos. Sites como Airbnb, VRBO, Expedia e Orbitz possuem políticas antifraude e garantias de proteção ao consumidor.
Especialistas recomendam:
- Fazer busca reversa das imagens do anúncio, para verificar se foram copiadas.
- Ler avaliações e desconfiar de anúncios sem comentários.
- Nunca aceitar comunicação ou pagamento fora da plataforma, prática comum entre golpistas.
- Evitar meios irreversíveis de pagamento, como criptomoedas, transferências bancárias e vale-presentes.
- Desconfiar de mensagens de phishing, que pedem dados pessoais ou envio de dinheiro via links suspeitos.
Em viagens, especialistas reforçam que vale considerar serviços de proteção de identidade, que ajudam a bloquear cartões roubados e recuperar prejuízos.



