O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (23), uma mudança nas diretrizes para a realização de mamografias no Brasil. Agora, o exame será disponibilizado a mulheres a partir dos 40 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Anteriormente, o acesso era restrito a mulheres de 50 a 69 anos. Este ajuste tem como objetivo diagnosticar precocemente o câncer de mama em uma faixa etária que tem apresentado aumento nos casos da doença.
A medida possibilita que mulheres entre 40 e 49 anos realizem a mamografia, desde que concordem com seu médico. Essa iniciativa visa uma ação conjunta entre pacientes e profissionais de saúde para melhor avaliação dos riscos e vantagens do exame.
Nova faixa etária no rastreamento
A ampliação da faixa etária pretende intensificar o combate ao câncer de mama. Dados indicam que 23% dos casos se concentram entre 40 e 49 anos, justificando a inclusão de pacientes mais jovens nas diretrizes do SUS.
O Ministério da Saúde também expandiu a faixa etária para o rastreamento ativo, elevando o limite de idade de 69 para 74 anos. Essa alteração segue práticas adotadas internacionalmente, como na Austrália.
Novas estratégias de detecção precoce podem melhorar tanto o diagnóstico quanto o tratamento, o que é crucial para combater a doença.
Avanços na infraestrutura de saúde
Para apoiar esta mudança, o governo brasileiro está investindo em unidades móveis de diagnóstico, conhecidas popularmente como carretas da saúde.
O programa “Agora Tem Especialistas” prevê a operação de 27 dessas unidades em 22 estados, fornecendo mamografias, biópsias e outros procedimentos necessários para a detecção precoce do câncer em áreas carentes. Este sistema móvel visa ampliar o acesso a exames essenciais, beneficiando especialmente regiões com infraestrutura limitada.
Além disso, o Serviço Nacional de Saúde (SUS) está incorporando novos medicamentos para tratar casos de câncer de mama, como os inibidores de CDK e o trastuzumabe entansina.