O governo federal autorizou a antecipação do pagamento do Bolsa Família para 516 municípios que enfrentam situações de emergência ou calamidade pública. A medida, que visa facilitar o acesso imediato ao benefício, permitirá que as famílias contempladas recebam o valor já no primeiro dia do calendário de agosto, em 18 de agosto, independentemente do número final do NIS (Número de Identificação Social).
Normalmente, os pagamentos do Bolsa Família seguem um cronograma escalonado de acordo com o final do NIS, distribuído ao longo dos últimos dez dias úteis do mês. Neste agosto, o calendário regular começa em 18 de agosto, com os beneficiários de NIS final 1, e termina no dia 29, para NIS final 0.
O valor mínimo do benefício é de R$ 600, com possibilidade de adicionais para famílias com crianças, gestantes e adolescentes, conforme as regras do programa. Paralelamente, o Auxílio Gás também será pago neste mês, no mesmo dia do Bolsa Família, com previsão de valor em torno de R$ 108, calculado a partir do preço médio do botijão de 13 kg nos últimos seis meses.
Estados e cidades contemplados
No Rio Grande do Sul, todos os 497 municípios terão pagamento unificado. Em São Paulo, a antecipação vale para 13 cidades, como Cajamar, Embu, Itaquaquecetuba e Ribeirão Pires.
No Amazonas, comunidades como Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira foram incluídas. Em Roraima, a lista contempla Amajari, Boa Vista, Caracaraí, entre outras. Alagoas também terá cidades beneficiadas, incluindo Marechal Deodoro e Rio Largo.
Segundo o governo, o critério para a antecipação é a vulnerabilidade das famílias e o impacto de desastres recentes, garantindo apoio financeiro imediato.
Revisão do cadastro e desligamentos
Com a modernização do Cadastro Único, implementada em março, o cruzamento automático de informações de renda tornou-se mais preciso. Como resultado, cerca de 921 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família em julho por superarem o limite de renda.
Desse total, 536 mil atingiram o prazo máximo de 24 meses na Regra de Proteção, que mantém 50% do valor do benefício para quem ultrapassou o critério de pobreza, mas ainda não se estabilizou. Outras 385 mil famílias tiveram aumento de renda superior a meio salário mínimo per capita, ultrapassando o teto do programa.
O governo mantém o Retorno Garantido, que assegura prioridade de reingresso para famílias que voltarem a viver em situação de pobreza.