E calma que nós não estamos falando do ouro dourado que os portugueses roubaram do Brasil durante a colonização (perdão pelo meme). Estamos falando do lítio, apelidado de “ouro branco”, devido ao altíssimo valor do mineral.
A Caldeira de McDermitt, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, passou a chamar a atenção do mundo depois da descoberta de um dos maiores depósitos de lítio do mundo nas suas profundezas. Segundo o C.B. Radar, a descoberta pode gerar uma receita de impressionantes US$ 1,5 trilhões.
Essa caldeira é classificada como um supervulcão, mas não está ativa atualmente. Ela foi formada há cerca de 16 milhões de anos.
Por que o lítio é tão valioso?
Segundo o Brasil Escola, o lítio “é amplamente utilizado na fabricação das baterias de íon-lítio, importante bateria utilizada em diversos eletrônicos atuais e também em carros elétricos. Contudo, também possui outros usos, como em espaçonaves, como líquido refrigerante de usinas nucleares e até mesmo no tratamento do transtorno de bipolaridade e depressão.”
Apesar de ser uma possibilidade de enorme ganho econômico, a mineração de lítio na Caldeira McDermitt também traria grandes desafios, tanto do ponto de vista ambiental quanto social. Um exemplo é o impacto que teria sobre as comunidades indígenas da região, que realizam cerimônias sagradas na terra.
Além de ameaçar espécies locais, a mineração de lítio pode transformar a região. “Estudos anteriores demonstraram que perfurações semelhantes em terrenos desérticos afetam os níveis freáticos, enquanto processos de extração como a lixiviação ácida podem deixar resíduos tóxicos e contaminar as águas subterrâneas”, explica o Gazeta Brasil.