A tentativa de assassinato contra o presidente do Equador, Daniel Noboa, abalou o país nesta terça-feira, 7 de outubro. Noboa estava a caminho da província de Cañar para apresentar um projeto de infraestrutura.
Durante a viagem, seu veículo foi cercado por cerca de 500 pessoas que lançaram pedras e, possivelmente, dispararam contra ele. O ataque ocorreu em meio a protestos indígenas contra políticas de combustível do governo. Noboa saiu ileso e manteve sua agenda.
Agressão ao presidente durante deslocamento
Cinco suspeitos foram presos e serão processados por terrorismo e tentativa de assassinato. As autoridades equatorianas classificaram oficialmente o ataque como ato terrorista.
O incidente acontece em um contexto de protestos liderados pela Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE). Desde 22 de setembro, a CONAIE organiza manifestações contra a eliminação do subsídio ao diesel.
Os protestos têm causado bloqueios de estradas e aumentado o custo de vida em regiões agrícolas. As forças de segurança tentam equilibrar o uso da força com o respeito aos direitos dos manifestantes pacíficos. Entretanto, o ataque ao presidente gera preocupações sobre a segurança presidencial e a estabilidade do país.
Medidas governamentais diante da crise
O governo declarou estado de emergência em dez províncias: Pichincha, Cotopaxi, Tungurahua, Chimborazo, Bolívar, Cañar, Azuay, Orellana, Sucumbíos e Pastaza. A medida suspendeu o direito de reunião e autorizou o uso das Forças Armadas para manter a ordem.
O ataque atraiu a atenção internacional, com líderes globais expressando solidariedade ao presidente equatoriano.