O abono salarial do PIS/Pasep, pago anualmente a trabalhadores com carteira assinada, terá novas regras a partir de 2026. A principal mudança é que o critério de renda para ter direito ao benefício deixará de acompanhar o salário mínimo e passará a ser corrigido pela inflação, reduzindo gradualmente o número de beneficiários ao longo dos anos.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o programa pagou R$ 30,7 bilhões a 25,8 milhões de trabalhadores em 2025. Os valores referentes a esse ano podem ser sacados até 29 de dezembro.
Os valores continuam seguindo o reajuste do salário mínimo. As projeções mais recentes apontam que o piso nacional deve subir para R$ 1.631 em 2026, e esse será também o teto do abono a ser pago no próximo ano, considerando os meses trabalhados em 2024.
O cálculo permanece proporcional ao tempo de serviço:
- 1 mês trabalhado: cerca de R$ 135,91
- 12 meses trabalhados: R$ 1.631 (valor máximo)
O benefício funciona, na prática, como um “14º salário” para trabalhadores de baixa renda.
Quem terá direito?
Os requisitos gerais não mudam:
- Cadastro no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
- Remuneração média de até dois salários mínimos no ano-base;
- Atividade remunerada por 30 dias ou mais no ano-base;
- Informações enviadas corretamente pelo empregador ao RAIS/eSocial.
Com a mudança prevista para 2026, o limite de renda passará a ser reajustado pelo índice de inflação. Considerando dois salários mínimos de 2023, o INPC de 2024 e a previsão de inflação para 2025, o corte deve ficar em torno de R$ 2.900.
Calendário de pagamentos
O calendário para 2026 será definido pelo Codefat em reunião marcada para 16 de dezembro. O MTE ainda vai consolidar quantos trabalhadores terão valores a receber — em 2025, foram 25,8 milhões.
Como consultar e receber
A consulta pode ser feita pela Carteira de Trabalho Digital, pelo portal GOV.BR, pelo telefone 158 ou nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho.




