O Ministério da Saúde do Brasil anunciou nesta segunda-feira (3) um investimento de R$ 183,5 milhões para fortalecer o combate ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Este investimento faz parte de um esforço nacional para enfrentar as arboviroses, especialmente após uma redução significativa de 75% nos casos de dengue em comparação com o ano anterior.
A decisão vem no momento em que São Paulo lidera as ocorrências, representando 55% dos casos, seguido por Minas Gerais, Paraná e Goiás. O objetivo é intensificar a prevenção e controle do mosquito em todas as regiões do país, com foco nas áreas mais afetadas.
Desenvolvimento tecnológico
Uma das principais estratégias da nova campanha é a ampliação do uso de tecnologias avançadas para controlar a propagação do Aedes aegypti. O método Wolbachia, que envolve a liberação de mosquitos infectados com uma bactéria que impede a transmissão dos vírus, já mostrou eficácia em locais como Niterói, no Rio de Janeiro.
A maior biofábrica de Wolbachia do mundo foi construída em Curitiba, possibilitando a produção de 100 milhões de ovos por semana. Além disso, outras técnicas como as estações disseminadoras de larvicidas e a técnica do inseto estéril estão sendo implementadas para reduzir a reprodução dos mosquitos.
Participação popular
A campanha também enfatiza a importância da conscientização pública. O Dia D da Dengue acontecerá no próximo sábado, dia 8 de novembro, e tem como objetivo mobilizar a sociedade em ações de limpeza e eliminação de criadouros do mosquito.
Medidas simples, como manutenção de calhas e remoção de recipientes que possam acumular água, são incentivadas e consideradas fundamentais.




