Na última quinta-feira (8), o governo dos Estados Unidos anunciou que está aumentando para US$ 50 milhões a sua recompensa por informações que possam levar à prisão de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. O anúncio foi feito pela procuradora-geral do país, Pam Bondi, em um vídeo publico no X (Twitter).
O anúncio dobrou a recompensa oferecida. Anteriormente, o governo estadunidense prometia US$ 25 milhões por essas informações.
Que os Estados Unidos e a Venezuela são inimigos políticos de longa data não é nenhuma novidade, mas esse não é o motivo por trás da recompensa. No vídeo, o governo norte-americano acusa Maduro ser “um dos maiores narcotraficantes do mundo” e de colaborar com grupos como Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, duas das maiores organizações criminosas das Américas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um crítico do presidente venezuelano. No poder desde 2013, Maduro assumiu seu terceiro mandato consecutivo no ano passado em meio a uma eleição com muitas acusações de fraude e de perseguição aos opositores. De acordo com a BBC, o primeiro mandato de Trump, o governo dos Estados Unidos acusou Maduro e autoridades venezuelanos de vários crimes, como tráfico de drogas, corrupção e narcoterrorismo.
O que o governo venezuelano disse sobre a recompensa
Ainda segundo a BBC, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, chamou a recompensa oferecida pelos Estados Unidos de “patética”, afirmando que ela faz parte de uma “propaganda política”. Yvan Gil ainda afirmou que a novidade era uma “cortina de fumaça” para Pam Bondi tentar encobrir as críticas à sua atuação no caso Epstein.