Nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, a Terra completará sua rotação em torno do próprio eixo com 1,25 milissegundo a menos do que o habitual. Este é o dia mais curto do ano devido à aceleração da rotação do planeta. Desde julho, este fenômeno já foi observado três vezes, conforme indicado pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS) e o Observatório Naval dos Estados Unidos.
A Terra normalmente leva 86.400 segundos para completar uma rotação. Durante esse mês de agosto, o planeta fará o giro em menos tempo. As causas exatas para essa aceleração incluem fatores gravitacionais, como a influência da Lua, mudanças no núcleo terrestre, e variações no clima e nos oceanos. Apesar da pequena diferença, ela é significativa para cientistas que estudam a precisão temporária do planeta.
Efeitos a longo prazo
Se a tendência continuar, as medições de tempo global poderão precisar de ajustes. Desde 1972, 27 segundos intercalares foram adicionados para alinhar o tempo atômico com o tempo solar. Caso a tendência de aceleração persista, a remoção de um segundo dessa contagem poderá ser necessária, um procedimento inédito conhecido como “segundo bissexto negativo”.
Embora não perceptível no cotidiano, essa alteração tem grande impacto na sincronização de sistemas que dependem de precisão temporal, como satélites e redes de comunicação.
Monitoramento contínuo
Cientistas monitoram essas variações através de tecnologias avançadas, como relógios atômicos, que permitem detectar até pequenas discrepâncias de tempo.
A manutenção precisa do tempo global é crucial para assegurar a sincronia entre diversas tecnologias e a rotação efetiva do planeta. Esse fenômeno reforça a importância do monitoramento atento das flutuações na rotação terrestre para possíveis ajustes no tempo oficial.