O horário de verão, extinto em 2019 sob decisão do então presidente Jair Bolsonaro, pode retornar ao Brasil. A discussão, reacendida por novas circunstâncias e desafios na energia, envolve o crescimento de fontes solares e o aumento do consumo elétrico entre 18h e 19h.
A possível reintegração está prevista para 2025, e provoca um intenso debate sobre seus impactos.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou a importância de medidas como o horário de verão para mitigar sobrecargas no sistema. Durante esses períodos, a alteração nos relógios ajuda a postergar a demanda máxima, aproveitando a luz solar até mais tarde e aliviando a utilização de energia elétrica.
A diminuição na eficiência da geração solar ao entardecer aumenta o desafio, forçando o debate sobre soluções alternativas.
Impactos econômicos do horário de verão
Do ponto de vista econômico, o horário de verão traz potenciais benefícios. Setores como turismo e restaurantes podem lucrar com o prolongamento das atividades ao ar livre. Estudos apontam que a implementação desta medida poderia reduzir a demanda máxima de energia em até 2,9%, conforme análise do ONS.
Contudo, enquanto alguns setores se beneficiam, outros enfrentam obstáculos. A indústria e o agronegócio, que operam em turnos contínuos, podem sofrer dificuldades na adaptação aos novos horários. A mudança pode não resultar em uma diminuição notável no consumo geral de eletricidade, já que a redistribuição dos horários não altera o volume de consumo, apenas sua distribuição ao longo do dia.
O retorno do horário de verão é uma decisão política complexa, pendente de análise técnica. O Ministério de Minas e Energia, junto ao ONS, aguarda novos dados para uma decisão final prevista para agosto de 2025.