O cantor e compositor Júlio Reny, de 66 anos, um dos grandes nomes do rock gaúcho, foi brutalmente agredido no último sábado (8), após um show em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a filha do músico, Consuello Vallandro, o agressor teria usado uma estatueta do Prêmio Açorianos — honraria que o próprio artista havia recebido — para desferir os golpes.
A violência causou descolamento das duas retinas, deixando Júlio sem enxergar. “Ele ficou totalmente dependente da noite para o dia. Quase morreu”, relatou Consuello em entrevista ao Correio do Povo.
O artista foi levado para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde recebeu atendimento inicial. Agora, ele aguarda cirurgia pelo SUS para tentar recuperar parte da visão.

Família organiza campanha para ajudar no tratamento
Diante dos custos elevados com cuidadoras e despesas médicas, a família criou uma vaquinha online para arrecadar fundos e garantir o tratamento do músico. Júlio está sob os cuidados do companheiro, Jeff Gomes, que tem auxiliado em sua rotina de recuperação.
“Ele sofreu tantas pancadas que não consegue enxergar. Faz alguns dias que estou assumindo o cuidado dele”, escreveu Consuello nas redes sociais.
Polícia investiga o caso do ícone do rock brasileiro
A filha do cantor informou que o agressor era uma pessoa próxima e que um Boletim de Ocorrência foi registrado junto à Polícia Civil, que agora investiga as circunstâncias e a autoria da agressão.
Com mais de quatro décadas de trajetória, Júlio Reny é considerado um dos ícones do rock do Rio Grande do Sul, autor de clássicos como “Amor e Morte” e “Entre o Céu e o Inferno”. A agressão provocou comoção entre fãs, colegas e artistas, que se mobilizam nas redes sociais em apoio ao cantor.




