A Alemanha enfrenta um desafio significativo com a sustentabilidade do seu sistema previdenciário, pressionado pelo envelhecimento da população. Em 2025, cerca de dois terços do orçamento do Ministério do Trabalho serão destinados às aposentadorias, somando 121 bilhões de euros.
Esse direcionamento de recursos visa ajustar-se a uma projeção demográfica em que um quarto da população terá 67 anos ou mais até 2040.
Estratégias
A ministra da Economia alemã propõe aumentar a vida de trabalho dos cidadãos como solução, sugerindo um prolongamento do tempo de contribuição.
Atualmente, a idade legal para aposentadoria está programada para se elevar de 65 para 67 anos até 2031. No entanto, essa proposta encontra resistência, principalmente de sindicatos e trabalhadores, que alertam para os desafios físicos e de saúde enfrentados por muitos profissionais mais velhos.
Envelhecimento
O impacto econômico do envelhecimento populacional tornou-se um problema central na Alemanha. Na década de 1960, havia seis trabalhadores ativos para cada aposentado, uma proporção que caiu para dois para um atualmente.
Esse declínio pressiona o sistema previdenciário e os orçamentos federais em tempos de gastos em áreas críticas como defesa e saúde. Assim, buscar alternativas sustentáveis tornou-se imprescindível.
O imediato aumento da idade de aposentadoria vem sendo criticado. Especialistas defendem reformas mais abrangentes e inclusivas, incentivando a participação de mães e pais solteiros no mercado de trabalho, além de facilitar a imigração.
Reformas propostas
O governo alemão explora estratégias para reformar o sistema de previdência. Entre as propostas, está o investimento no mercado de ações para incrementar os fundos de aposentadoria. Essa abordagem, porém, é controversa devido aos riscos inerentes às flutuações do mercado.
Outra sugestão envolve integrar trabalhadores autônomos e funcionários públicos ao sistema de contribuições, ampliando a base de contribuição e aliviando o peso sobre o orçamento federal.