Mas podem sossegar, idosos brasileiros. Isso não é no Brasil, e sim na Alemanha. O país europeu está lidando com o problema do envelhecimento da sua população e, para a ministra da economia do país, Katherina Reiche, a solução é colocar o povo alemão para trabalhar mais e por mais tempo.
Segundo o DW, dois terços do orçamento do Ministério do Trabalho da Alemanha, vão para o sistema previdenciário este ano. São cerca de 121 bilhões de euros.
O acordo de coalizão assinado pelos partidos atuais do governo do país garante que não vai aumentar a idade atual de aposentadoria na Alemanha – 65 anos -, mas abre brecha para algumas mudanças em busca de mais “flexibilidade” na transição entre trabalho e aposentadoria.
Na prática, essas mudanças são oferecer incentivos para que pessoas escolham não se aposentar, mesmo já tendo chegado na idade legal. Uma das medidas para isso seria oferecer uma “aposentadoria ativa” (“Aktivrente”) para idosos com renda de até 2 mil euros (cerca de R$ 12 mil) isenta de impostos.
“É fácil dizer isso quando se está sentado confortavelmente em uma cadeira em Berlim”, declarou Lars Klingbeil, ministro das Finanças e líder do Partido Social-Democrata (SPD), ao portal ntv. “Mas é preciso ir falar com as pessoas no país, com quem trabalha como telhadista, como enfermeiro, como professor, que estão se esgotando e que já têm dificuldade para chegar aos 67.”
Especialistas enxergam outras soluções
Ao invés de aumentar a idade mínima para aposentadoria – o que vai acontecer nos próximos anos -, especialistas sugerem outras alternativas para aumentar as contribuições para o sistema previdenciário do país. Um exemplo seria melhorar a estrutura de cuidados infantis, para que pais e mães solo pudessem trabalhar em tempo integral, contribuindo mais.