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Ilha mais perigosa do mundo fica no Brasil

Por Pedro Silvini
02/07/2025
Em Geral
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Ilha das Cobras

(Reprodução/Getty Images)

Pode parecer exagero, mas a chamada Ilha da Queimada Grande, localizada a cerca de 35 km do litoral de Itanhaém (SP), é considerada por especialistas um dos lugares mais perigosos do mundo. Isso porque a ilha abriga uma população impressionante de serpentes altamente venenosas, com uma estimativa de 45 cobras por hectare – uma das maiores concentrações já registradas.

A ilha é o único habitat natural da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie endêmica que desenvolveu um veneno quatro vezes mais potente que o de jararacas comuns. Isso se deve ao isolamento geográfico e à necessidade de caçar aves — já que não há roedores suficientes por lá. Com cerca de um metro de comprimento, essa serpente pode matar em minutos, e sua picada é considerada letal mesmo em pequenas doses.

Embora a ilha tenha ganhado o apelido popular de “Ilha das Cobras”, o nome oficial permanece Queimada Grande — uma referência às queimadas feitas por pescadores no passado para tentar espantar os répteis. Hoje, o local é protegido por lei e seu acesso é restrito a pesquisadores e pescadores autorizados, com permissão emitida pelo ICMBio e aprovação da SISBio.

Até mesmo cientistas especializados tomam extremo cuidado durante expedições na ilha. A travessia em si já é difícil, com rochas escorregadias e vegetação densa. Durante a caminhada, profissionais treinados abrem caminho com bastões, afastando as serpentes para que a equipe possa passar.

Por que tantas cobras e tanto veneno?

O isolamento da ilha durante a última glaciação impediu o cruzamento da jararaca-ilhoa com outras espécies. Sem predadores naturais e com menos presas disponíveis, as cobras passaram a evoluir um veneno mais potente para capturar aves rapidamente, antes que escapassem voando. Essa adaptação tornou a jararaca-ilhoa um dos répteis mais perigosos do planeta.

Por outro lado, a própria espécie está ameaçada de extinção. Sua população é reduzida, e qualquer alteração no frágil ecossistema da ilha pode comprometer sua sobrevivência.

Mergulho sim, visita não

Apesar de a entrada na ilha ser proibida, o mergulho nas águas ao redor é permitido e oferece uma experiência única. Como explica o especialista Comin, as cobras não entram na água, o que torna possível aproveitar o ambiente marinho com segurança.

A Ilha da Queimada Grande, atualmente classificada como Área de Relevante Interesse Ecológico, é hoje um laboratório natural para estudiosos da biologia e da evolução. Enquanto isso, permanece fora do alcance de turistas e aventureiros, e por um bom motivo: o risco de entrar ali é literalmente mortal.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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