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Imagens captadas por cientistas revelam que a Terra pode estar se partindo ao meio

Por Pedro Silvini
25/07/2025
Em Geral
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Terra

(Reprodução/IStock)

Cientistas da Universidade de Kyoto revelaram imagens inéditas que registram, em tempo real, o deslocamento de placas tectônicas durante o devastador terremoto de Mianmar, ocorrido em 28 de março de 2025. A gravação — feita por uma câmera de segurança em Mandalay, segunda maior cidade do país — oferece o que especialistas chamam de a primeira prova visual direta de placas tectônicas em ação.

Com magnitude 7,7, o tremor foi o mais forte em mais de um século na região e o segundo mais letal da história moderna do país, deixando 4,9 mil mortos e tremores sentidos até na Tailândia.

O evento ocorreu na Falha de Sagaing, uma fissura de 1.400 km que separa a Micoplaca da Birmânia da Placa de Sunda — um ponto crítico onde a crosta terrestre está em constante atrito.

Durante o abalo, o solo chegou a se deslocar horizontalmente por vários metros, como se a Terra tivesse sido literalmente cortada em duas e puxada para lados opostos. Foi justamente esse movimento que a câmera capturou.

O que as imagens revelaram?

Utilizando uma técnica de análise chamada correlação cruzada de pixels, os pesquisadores examinaram o vídeo quadro a quadro e descobriram que:

  • A falha deslizou 2,5 metros em apenas 1,3 segundo,
  • Com velocidade máxima de 3,2 metros por segundo,
  • Em um movimento pulsante, semelhante a uma onda que percorre um tapete quando é “esticado” com um puxão.

Essa duração extremamente curta — algo raramente registrado — confirma o chamado “rompimento pulsado”, um fenômeno em que a energia sísmica se concentra em uma onda de deslocamento em vez de se espalhar gradualmente.

Além disso, os cientistas constataram que o movimento seguiu uma trajetória levemente curva, o que valida hipóteses anteriores baseadas em marcas geológicas conhecidas como slickenlines (riscos deixados por atrito em falhas antigas).

Por que essa descoberta é tão importante?

Até então, geofísicos dependiam apenas de instrumentos sísmicos distantes para inferir como falhas se movem em grandes terremotos. As novas imagens oferecem dados diretos e inéditos, permitindo:

  • Compreender melhor como rupturas desse tipo se propagam;
  • Melhorar modelos físicos usados para prever a intensidade de tremores futuros;
  • Confirmar teorias sobre a dinâmica das placas tectônicas que antes eram baseadas apenas em simulações e evidências indiretas.

“Não esperávamos que esse vídeo fornecesse tamanha riqueza de detalhes. Esses dados cinemáticos são fundamentais para avançar nossa compreensão sobre a física dos terremotos”, destacou Jesse Kearse, um dos autores do estudo.

Embora a expressão seja dramática, o que as imagens mostram é o processo natural de movimentação das placas tectônicas, responsável por moldar continentes e cadeias de montanhas ao longo de milhões de anos.

Essas rupturas, chamadas de falhas de deslizamento horizontal (strike-slip), não são sinais de que o planeta esteja literalmente se dividindo, mas sim evidências visuais raríssimas do que impulsiona terremotos catastróficos.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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