Muitos brasileiros sonham em comprar o seu próprio lote, construir aquela casinha… mas já pensou em comprar o seu terreno lá na Lua? Calma que a gente explica melhor.
Em 1967, 111 nações assinaram um documento chamado Tratado do Espaço Exterior. Esse documento estabeleceu que nenhum país pode reivindicar posse sobre qualquer parte do espaço, seja a Lua ou qual planeta. Ou seja, nenhum país pode criar lotes na Lua ou colocar um condomínio em Marte.
Em entrevista ao IFLScience, Michelle Hanlon, especialista em Direito Espacial, explicou que todos devem ter a liberdade de explorar o espaço e que a ideia do tratado é manter essa exploração científica de forma pacífica e aberta.
No início dos anos 80, Dennis Hope, um desempregado que vivia nos Estados Unidos, percebeu algo: o tratado estabelecia que nações não podiam ser donas de nada… mas ele não dizia nada sobre indivíduos. Daí, Hope foi a um cartório e registrou sua posse da Lua e todos os planetas do Sistema Solar.
A venda de lotes na Lua
Como ninguém proibiu Hope de fazer isso, ele criou a Lunar Embassy (Embaixada Lunar), uma empresa que vende terrenos no espaço. No site, você pode comprar um lote lunar pela bagatela de US$ 35 (menos de R$ 200). A compra vem junto com um certificado, que obviamente não tem nenhuma validade jurídica.
É claro que essas vendas são puramente simbólicas, mesmo que a empresa se apresente como um negócio válido. Tanja Masson-Zwaan, do Instituto Internacional de Direito Espacial, explicou à National Geographic que os certificados da empresa não garantem nenhum direito de propriedade real.