O projeto Boas Práticas Cardiovasculares, executado pelo Hospital do Coração e pela BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), ajudou a reduzir em 20% a mortalidade por infarto em UPAs pelo Brasil. A conclusão vem de um estudo recentemente publicado na revista Telemedicine and e-Health.
Realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), o projeto qualifica 900 unidades do SUS, com atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana, e disponibiliza um aparelho de eletrocardiograma em cada serviço.
De acordo com o Ministério da Saúde, o infarto é a maior causa de mortes no Brasil. São cerca de 300 a 400 mil infartos por ano, dos quais cerca de cinco a cada sete casos acabam em óbito.
Projeto ajuda a reduzir mortes por infartos no Brasil
O projeto funciona da seguinte forma: o paciente que chega com dor no peito ou algum sintoma de programa cardiovascular na UPA já faz o eletrocardiograma e o exame é enviado para o Hcor ou a BP, onde um cardiologista de plantão faz o laudo e devolve em até 10 minutos. Se for encontrada alguma arritmia grave ou sinal de infarto, o médico entra em contato com a UPA para auxiliar no atendimento. Esse projeto recebe cerca de sete mil exames por dia.
“Esse tempo é super importante não só para reduzir mortalidade, mas também morbidade. Se demorar ou o tratamento não for adequado, o paciente pode ficar com sequela. Mas se ele for corretamente atendido e tratado no menor tempo possível, a chance de ter uma sequela é bem menor”, explica Marcelo Nishyama, cardiologista e um dos coordenadores do projeto, ao jornal O Globo.




