O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou nesta semana um pacote de ações para reduzir a fila de espera por benefícios previdenciários, que atualmente é um dos principais gargalos do sistema. O objetivo é agilizar a análise de pedidos de aposentadoria, auxílios e benefícios assistenciais, garantindo respostas mais rápidas aos segurados.
Segundo os últimos dados, em março de 2025, havia 2,7 milhões de solicitações aguardando análise, o que gerou forte pressão social e política para a adoção de medidas emergenciais.
Para enfrentar a situação, o INSS iniciou mutirões de atendimento em todas as regiões do Brasil, priorizando casos mais complexos. Além disso, foram contratados novos médicos peritos e analistas, com o objetivo de aumentar a capacidade de processamento.
De abril a junho, a fila já apresentou redução de 10%, o equivalente a 264 mil pedidos analisados. Ainda assim, o tempo médio para concessão continua variando entre 44 e 57 dias, acima do ideal. A meta é reduzir ainda mais esse prazo nos próximos meses.
Medida Provisória cria programa emergencial
Outro passo importante foi a aprovação, pela Comissão Mista do Congresso, da Medida Provisória que institui o Programa de Gerenciamento de Benefícios do INSS e do Departamento de Perícia Médica Federal. O texto segue agora para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.
O programa prevê pagamentos extraordinários a servidores e peritos para acelerar a análise dos processos:
- R$ 68 por tarefa concluída para servidores do INSS;
- R$ 75 por perícia médica realizada.
A iniciativa terá duração inicial de 12 meses, podendo ser prorrogada uma única vez, até 31 de dezembro de 2026.
Segundo a relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a medida é “socialmente indispensável”, já que busca reduzir uma fila que afeta milhões de brasileiros, garantindo justiça aos beneficiários legítimos e combatendo fraudes e irregularidades.
Expectativa: fila menor e processos mais rápidos
Com essas ações, a previsão é que a fila do INSS seja reduzida gradativamente, e que o tempo médio de concessão de benefícios caia para um patamar sustentável. O governo continuará monitorando a evolução do programa e não descarta novos ajustes para garantir eficiência.
Os próximos meses serão decisivos para avaliar o impacto das medidas e a possibilidade de ampliação do programa para garantir atendimento mais ágil e menos burocrático para os segurados.