Muitos brasileiros estão tendo o pagamento da aposentadoria ou pensão do INSS suspenso por conta de um descuido considerado “bobo”: deixar de sacar o benefício por mais de dois meses. A situação, que tem gerado dúvidas e preocupação entre os segurados, está prevista em lei e exige atenção redobrada para evitar transtornos.
De acordo com a Lei nº 8.213/91 e normas complementares do INSS, aposentados e pensionistas que não movimentam o valor recebido por meio do cartão magnético por mais de 60 dias têm o benefício suspenso. A medida visa evitar fraudes e pagamentos indevidos, principalmente em casos de falecimento ou perda de vínculo com o titular do benefício.
A regra vale para quem opta por não receber em conta-corrente. Ou seja, se o pagamento é feito exclusivamente via cartão do INSS e não há registro de saque ou movimentação no período de dois meses, o órgão federal entende que há indícios de irregularidade e, por isso, interrompe temporariamente a liberação.
Como regularizar o benefício bloqueado
Se o segurado perceber que teve o pagamento interrompido, deve solicitar a reativação do benefício. O processo pode ser feito de forma simples:
Acesse o site ou aplicativo Meu INSS com login próprio;
Busque a opção “Pagamento de benefício não recebido”;
Clique em “Solicitar emissão de pagamento não recebido” e siga as instruções;
Também é possível solicitar a liberação pelo telefone 135.
Segundo a especialista Lila Cunha, é essencial que o aposentado esteja atento para não cair em golpes. Boatos falsos têm circulado nas redes sociais, especialmente sobre a suspensão por falta da prova de vida — o que não procede, já que o processo de comprovação de vida foi atualizado e não penaliza mais diretamente os beneficiários.
Fique atento aos prazos e evite prejuízos
Apesar de parecer um detalhe simples, deixar o benefício parado por mais de dois meses pode causar muita dor de cabeça. Por isso, o INSS reforça a importância de acompanhar regularmente os extratos, realizar movimentações básicas e, em caso de ausência prolongada, manter um responsável informado sobre o benefício.
Além de garantir o recebimento em dia, essa prática também protege o segurado contra fraudes e bloqueios indevidos.