O sistema de aposentadorias no Brasil passará por uma nova mudança em 2026, conforme o cronograma de transição definido pela Reforma da Previdência de 2019. A idade mínima para se aposentar aumentará em seis meses, afetando diretamente quem ainda não completou os requisitos até o fim deste ano.
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir de janeiro de 2026, mulheres precisarão ter 59 anos e 6 meses de idade e 30 anos de contribuição, enquanto homens deverão atingir 64 anos e 6 meses e 35 anos de contribuição.
A atualização anual faz parte das medidas criadas pela Reforma de 2019 para equilibrar as contas da Previdência Social e acompanhar o aumento da expectativa de vida dos brasileiros.
Com mais pessoas vivendo por mais tempo, o número de aposentados cresce em ritmo superior ao de contribuintes ativos. O governo, portanto, busca manter o sistema sustentável a longo prazo.
Quem está planejando a aposentadoria deve observar com atenção as novas exigências. Aqueles que completarem os requisitos até dezembro de 2025 ainda poderão se aposentar pelas regras atuais. Já os que deixarem para o próximo ano terão de cumprir a idade mínima ajustada.
Outras regras de transição continuam em vigor
Além da regra da idade mínima progressiva, continuam valendo outras formas de transição criadas para atender diferentes perfis de trabalhadores que já contribuíam antes da reforma:
- Regra dos pontos: soma da idade com o tempo de contribuição. Em 2026, serão exigidos 93 pontos para mulheres e 103 para homens.
- Pedágio de 50%: voltado a quem, em 2019, estava a menos de dois anos de completar o tempo mínimo de contribuição. Nesse caso, não há idade mínima.
- Pedágio de 100%: exige idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens, além do dobro do tempo que faltava em 2019 para atingir o tempo mínimo exigido.
Essas alternativas permitem que o segurado encontre a melhor forma de se aposentar conforme seu histórico de contribuições e idade.
Planejamento é essencial
Especialistas reforçam que o planejamento previdenciário é a melhor forma de evitar prejuízos. Verificar o extrato do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), calcular o tempo de contribuição e simular o valor do benefício são medidas fundamentais antes de fazer o pedido.
Com o novo ajuste previsto para 2026, quem está perto de se aposentar deve agir com estratégia — antecipar o requerimento pode garantir condições mais favoráveis e evitar o impacto das próximas mudanças.




