A hipertensão arterial é uma das principais causas de morte no mundo, afetando cerca de 1 bilhão de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde. Diante do aumento expressivo dos casos, entidades como a Associação Americana do Coração e o Colégio Americano de Cardiologia revisaram os critérios para o diagnóstico.
Agora, valores iguais ou superiores a 130 por 80 mmHg já caracterizam hipertensão, enquanto medições entre 120 e 129 por 80 mmHg são consideradas um alerta.
Apesar de divergências entre especialistas, há um consenso: identificar a doença precocemente aumenta as chances de controle sem a necessidade de medicamentos. Mudanças simples no estilo de vida, como adotar uma alimentação balanceada e praticar atividade física regular, podem reduzir a pressão em até 20 mmHg.
Para se ter uma ideia, uma queda de apenas 2 mmHg já reduz em 10% o risco de acidente vascular cerebral (AVC).
Uso de medicamentos
Em alguns casos, no entanto, o uso de medicamentos é inevitável, especialmente quando os níveis ultrapassam 140 por 90 mmHg, há presença de outros fatores de risco como diabetes, colesterol alto, tabagismo ou quando os ajustes no estilo de vida não surtiram efeito após alguns meses.
No Brasil, o diagnóstico de hipertensão ainda é baseado no limite de 140 por 90 mmHg, mas os fatores de risco são os mesmos: obesidade, colesterol elevado, diabetes, envelhecimento e histórico familiar. Estima-se que 77% das pessoas que sofrem um AVC são hipertensas, e mais da metade das mortes causadas por AVC têm como origem a pressão alta.
Embora silenciosa, a hipertensão pode causar sintomas como dores de cabeça frequentes, tontura, falta de ar, palpitações e alterações na visão. O monitoramento regular é a forma mais segura de detecção.




