A internet 6G tem previsão de chegar ao Brasil em 2030 e promete revolucionar o modo como o mundo se conecta. Com taxa de transmissão até 50 vezes mais rápida que o 5G, a nova geração de redes móveis trará avanços em velocidade, sustentabilidade e cobertura — inclusive em regiões remotas.
De acordo com especialistas, o 6G oferecerá conexões ultrarrápidas e estáveis, com menor tempo de resposta e maior eficiência energética. O sistema será capaz de se autoajustar automaticamente conforme a demanda, reduzindo custos operacionais e a necessidade de intervenção humana.
Além da velocidade, a tecnologia aposta na integração com a inteligência artificial (IA). Algoritmos avançados permitirão o gerenciamento inteligente de energia, otimizando o tráfego de dados em tempo real e evitando desperdícios na rede.
O 6G deve representar também um salto em sustentabilidade ambiental. Os equipamentos serão produzidos com materiais ecológicos e terão baixo consumo de energia. Outra promessa é a expansão do sinal para áreas rurais e de difícil acesso, graças à integração com satélites e drones, que poderão atuar em situações de emergência, como desastres naturais.
Chip de alta frequência marca avanço na pesquisa
Pesquisadores da Universidade de Pequim e da Universidade da Cidade de Hong Kong anunciaram o desenvolvimento do primeiro chip “all-frequency”, capaz de operar em todas as faixas de frequência — um marco rumo ao 6G.
O microchip, com apenas 11 por 1,7 milímetros, alcança frequências de 0,5 GHz a 115 GHz e pode atingir velocidades superiores a 100 Gbps, dez vezes acima do limite do 5G. Em testes, o chip respondeu em 180 microssegundos, uma performance inédita em transmissões sem fio.
Segundo o professor Wang Cheng, coautor do estudo publicado na revista Nature, o sistema é capaz de mudar automaticamente de canal caso haja interferência, garantindo uma conexão contínua. “É como um motorista experiente mudando de faixa no trânsito: rápido, seguro e sem interrupções”, afirmou ao jornal Guangming Daily
6G no Brasil: leilão previsto para 2026
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, afirmou em entrevista à CNN Brasil que a consulta pública sobre as faixas de frequência do 6G será aberta em agosto deste ano, com o leilão previsto para outubro de 2026.
Nesse leilão, as operadoras disputarão o direito de uso das faixas — as “rodovias” por onde trafegam os dados digitais. A expectativa é que, com o início das operações, o Brasil acompanhe o ritmo de países líderes em conectividade, com uma internet até 50 vezes mais veloz e praticamente sem latência.
Com potencial para transformar setores como telemedicina, indústria automatizada, educação digital e realidade aumentada, o 6G promete consolidar uma nova era de conectividade global, com acesso mais rápido, estável e inteligente.