Os lucros do Itaú Unibanco cresceram no segundo trimestre de 2025, chegando a R$ 11,5 bilhões. Este aumento representa um crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, junto com os bons resultados financeiros, ocorreram demissões e fechamento de agências.
Conforme informações verificadas, o número de agências passou de 3.021 para 2.738 unidades. A rentabilidade do patrimônio líquido atingiu 23,3%, mas o cenário causou inquietação entre os sindicatos dos bancários.
Reação dos sindicatos
Sindicatos têm se posicionado contra as demissões e o fechamento das agências. Em diversas cidades, manifestações buscam conscientizar a população sobre os impactos dessas decisões.
Segundo os sindicalistas, a redução no número de agências prejudica clientes que preferem atendimento presencial, especialmente em regiões com acesso limitado a tecnologias digitais. Os sindicatos destacam a necessidade de um equilíbrio entre tecnologia e manutenção de empregos.
Com o lucro crescente, espera-se que a instituição continue a investir em tecnologia. Questões como fechamentos de agências e demissões podem afetar a percepção pública da instituição no futuro, especialmente em áreas com pouco acesso a serviços digitais.
Por meio de nota oficial, o Itaú esclarece que o atendimento presencial em agências segue sendo uma prioridade, mas em consonância com as evoluções tecnológicas dos últimos anos a instituição também passou a ampliar os investimentos em canais digitais, oferecendo suporte on-line e serviços personalizados em tempo real para os seus clientes. Veja:
“As agências físicas continuam sendo um canal importante de atendimento para o Itaú Unibanco, especialmente para clientes que valorizam o contato presencial e buscam suporte consultivo. O banco segue comprometido com essa presença, sempre de forma estratégica, respeitando as necessidades específicas de cada localidade e os diferentes perfis de relacionamento dos clientes.
Ao mesmo tempo, os últimos anos marcaram uma profunda transformação no comportamento do consumidor bancário. Impulsionados pela evolução tecnológica, os clientes passaram a interagir com seus bancos de maneira mais autônoma, fluida e digital. De acordo com dados da Febraban, o uso de aplicativos triplicou desde 2020, saltando de 51% para 75% do total de transações realizadas no país.
Esse novo comportamento tem gerado uma mudança significativa na demanda por produtos e serviços. O cliente busca autosserviço, praticidade e controle sobre sua vida financeira, e espera encontrar tudo isso de forma personalizada e em tempo real nos canais digitais. No Itaú, mais de 99% das transações realizadas por pessoas físicas já ocorrem digitalmente. Só em maio de 2025, o Superapp registrou um aumento de 26% nos acessos em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Como reflexo desse cenário, o Itaú reavalia de forma contínua sua estrutura de atendimento, buscando integrar o melhor do físico e do digital. Essa revisão pode incluir ajustes na rede de agências, sempre baseados em critérios técnicos, de uso e de presença regional. Antes de qualquer decisão, o banco considera a existência de outras unidades próximas, o perfil da população local e a garantia de acesso a serviços.
Além disso, o Itaú conta com uma rede ampla e complementar, que inclui correspondentes bancários, canais digitais e agências físicas, assegurando cobertura nacional e atendimento de qualidade para diferentes perfis e necessidades.
Independentemente do canal, o compromisso do banco permanece o mesmo: oferecer uma experiência completa, integrada e centrada no cliente, com conveniência, proximidade e responsabilidade”.