O Itaú Unibanco começou a liberar nesta quarta-feira (22) uma nova ferramenta de segurança para seus clientes: o Modo Protegido. A funcionalidade permite que o usuário cadastre locais considerados seguros, como redes Wi-Fi de casa ou do trabalho, para realizar transações financeiras no aplicativo do banco. Fora desses ambientes, o sistema aplica restrições automáticas e exige verificação biométrica facial para operações acima de um limite pré-definido.
O recurso, disponível para celulares Android e iPhone (iOS), atua como uma camada adicional de proteção contra roubos e furtos de celular, situação que se tornou um dos principais vetores de fraudes bancárias no país. Segundo o banco, o Modo Protegido está em fase piloto com 10 mil clientes e será disponibilizado para toda a base até o fim do ano.
“O objetivo é permitir que o cliente tenha controle sobre onde e como realiza suas transações, reforçando a segurança sem comprometer a experiência digital”, afirma João Araújo, diretor do Itaú Unibanco.
Em redes cadastradas como seguras, as operações funcionam normalmente. Já em locais desconhecidos, o aplicativo pedirá reconhecimento facial para valores acima do limite definido pelo próprio correntista.
A iniciativa segue tendência observada em outros bancos digitais. O Nubank, por exemplo, oferece o “Modo Rua”, e o BTG Pactual também possui uma configuração semelhante.
Inteligência artificial no app
Além do Modo Protegido, o Itaú anunciou que está testando um agente de inteligência artificial generativa integrado ao aplicativo. A ferramenta, ainda restrita a mil clientes, busca oferecer atendimento conversacional e suporte a produtos e serviços, em um formato similar ao de plataformas como ChatGPT e Gemini.
A IA, chamada internamente de Inteligência Itaú, é capaz de responder dúvidas, orientar transações e oferecer consultoria personalizada. Não há, por enquanto, previsão para a liberação da tecnologia a todos os usuários.
O lançamento amplia o conjunto de recursos digitais de segurança do banco, que no ano passado já havia reunido, em uma central unificada no app, as principais opções de bloqueio e controle de conta em caso de perda ou roubo do aparelho.