Nos Estados Unidos, um aluno de jiu-jítsu conseguiu uma indenização de US$ 56 milhões, o equivalente a cerca de R$ 313 milhões, depois de ficar tetraplégico por causa de um golpe aplicado por um instrutor de aula de luta.
Em 2018, Jack Greener, de 30 anos, era um faixa-branca iniciante. Durante uma luta contra o seu professor, o faixa-preta Francisco Iturralde, de 33, apelidado como “Sinistro”, quando sofreu uma lesão que esmagou suas vértebras cervicais e o deixou tetraplégico. Jack passou meses no hospital e sofreu vários derrames por causa dos ferimentos.
Ele entrou com um processo contra a academia Del Mar Jiu Jitsu, em San Diego, na Califórnia, pelos ferimentos. “O instrutor faixa-preta aplicou uma técnica que colocou todo o peso do seu corpo no pescoço de Greener, fazendo com que ele caísse instantaneamente mole e perdesse toda a função dos membros”, explicou o americano Rener Gracie, chamado como testemunha especialista do caso, segundo o Extra.
Academia de luta foi condenada a pagar indenização
Na primeira vez que o caso foi julgado, o júri decidiu que Jack tinha direito a uma indenização de US$ 46 milhões (R$ 257 milhões). A academia recorreu da decisão à Suprema Corte da Califórnia, mas a decisão foi mantida e, com os juros pós-pagamento, o valor da indenização subiu para US$ 56 milhões.
Um dos advogados de Jack, Rahul Ravipudi, afirmou que a decisão final “consolida uma vitória jurídica crítica não apenas para nosso cliente, mas também para atletas lesionados em toda a Califórnia, ao reafirmar que instrutores e instalações esportivas podem ser responsabilizados quando aumentam irracionalmente os riscos além daqueles inerentes ao esporte”.