Nesta quarta-feira (23/04), a Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, após ser alvo de investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Além do presidente, outros suspeitos também foram indiciados, após as investigações revelarem que havia cobranças irregulares que eram descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles.
Batizada de Operação Sem Desconto, foram necessários 700 policiais federais e 80 servidores da CGU para as investigações sobre esse suposto esquema de corrupção. De acordo com os dados, esses desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas.
Saiba mais sobre o afastamento do presidente do INSS
Após o nome de Alessandro Stefanutto estar em um dos envolvidos, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou demitir o presidente do INSS, independente das investigações ainda estarem em processo. Vale ressaltar que, além de Stefanutto, a Justiça Federal também determinou que outros cinco servidores públicos, como o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva;
Na lista, também aparece o nome de um policial federal suspeito de dar suporte ao grupo criminoso, utilizando o cargo para isso, mas não teve o seu nome divulgado. A operação também autorizou o cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, com seis prisões temporárias, além do sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.