Nos últimos meses, as autoridades dos Estados Unidos tiveram que encontrar maneiras de controlar um surto de gripe aviária que atinge diversas regiões do país e isso refletiu diretamente nos preços dos ovos, que ficaram mais caros, visto que foi necessário matar milhares de galinhas. Conforme houve o desabastecimento dos ovos nos mercados, a falta da proteína gerou casos inusitados, como roubo de estoques, cobrança extra em restaurantes e limitação de caixas por clientes em supermercados.
Além disso, a inflação dos alimentos e o aumento dos custos de vida no país também gerou insatisfação, que refletiu diretamente na derrota da ex-vice-presidente Kamala Harris na disputa pela Casa Branca. Apesar dos alimentos terem ficado mais caros, o ovo foi a proteína que mais disparou nos preços, tendo um aumento de 65% em 2024, de acordo com os dados do consumidor (CPI, na sigla em inglês), um dos principais indicadores da inflação dos EUA.
Como a inflação do ovo nos Estados Unidos gerou problemas ao país
Em um comparativo com 2023, em dezembro, a dúzia de ovos custava cerca de US$ 2,50 (R$ 14,47 na cotação atual). Depois de um ano, o valor saltou para US$ 4,15 (R$ 24). O resultado foi 35 vezes maior que a variação do grupo de alimentos, que encerrou o ano passado com alta de 1,8%.
Outros produtos também foram afetados, como o bacon que faz parte do cardápio do café da manhã de milhares de norte-americanos, que perceberam o aumento de 2,6%, enquanto o café ficou 11,1% mais caro e o leite subiu 2,5%.
Sobre os ovos, a perspectiva não é positiva para os próximos meses. Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as projeções mostram que a proteína poderá ter acréscimo de 20% ao longo do ano e os outros alimentos também devem subir 2,2% no período.