A maioria de nós já se tornou tão dependente do Pix que é até estranho pensar que o método de pagamento queridinho dos brasileiros é uma invenção relativamente recente. E a popularidade do Pix até criou uma disputa política, com as gestões Lula e Bolsonaro disputando a “paternidade” do projeto.
Pensando que o Pix foi lançado em 2020, parece simples responder que a gestão de Bolsonaro foi a responsável pelo projeto. Mas, como você já pode imaginar, não é tão simples. Afinal, até o Pix ser lançado ao público, foi um longo caminho.
Quem é o “pai” do Pix?
De acordo com a Revista Forum, o Grupo de Trabalho (GT) que desenhou o Pix foi formalizado em 2018, primeiro ano da gestão de Bolsonaro, mas teve uma infraestrutura política, legal e institucional que levou décadas para ser construída para que esse GT fosse possível.
Na análise da revista, o governo Lula nos seus dois primeiros mandatos estabeleceu o “pilar político” para a criação do Pix, exemplificando com o primeiro Relatório de Inclusão Financeira (RIF), lançado pelo Banco Central em 2010.
Em 2013, o governo Dilma sancionou a Lei nº 12.865/2013, “mãe” de todo o ecossistema de fintechs e pagamentos digitais no Brasil, como explica a Forum. Em 2015, com esses dois pilares, a gestão de Alexandre Tombini (indicado por Lula) no Banco Central criou a Portaria nº 85.478, de 23 de junho de 2015, que, por sua vez, criou “fóruns temáticos relacionados ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)”, a “incubadora” do Pix, onde técnicos do banco começaram a desenhar um sistema de pagamentos instantâneo, barato e público.




