O céu noturno promete um espetáculo raro no dia 6 de dezembro de 2052: será a maior e mais brilhante superlua do século XXI, conhecida como a “Ultimate Super Cold Moon”. Nesse dia, a Lua cheia atingirá o perigeu extremo, ou seja, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita, fazendo com que pareça significativamente maior, mais brilhante e com tom dourado do que o habitual.
Segundo astrônomos, a Lua estará a 356.429 km da Terra, o mais próximo que ela chegará do planeta em todo o século.
A superlua acontece quando a fase de Lua cheia coincide com o perigeu lunar – o ponto mais próximo da órbita elíptica da Lua em relação à Terra. Como resultado:
- A Lua pode parecer até 14% maior
- E 30% mais brilhante do que quando está no ponto mais distante (apogeu)
Mesmo que a diferença pareça pequena nos números, o impacto visual é notável, especialmente quando observada próxima ao horizonte, onde ocorre a chamada “ilusão da Lua”, fazendo com que pareça ainda maior.
Onde será possível observar?
O fenômeno será visível globalmente, mas as melhores condições de observação são esperadas em locais com céu limpo e baixa poluição luminosa. No Brasil, a expectativa é de excelente visibilidade, principalmente durante o nascer e o pôr da Lua.
Especialistas recomendam observar durante:
- Moonrise (nascimento da Lua): ao entardecer
- Moonset (ocaso da Lua): ao amanhecer
Nesses momentos, a Lua aparece perto do horizonte e pode ser comparada com edifícios, árvores ou montanhas, aumentando o impacto visual.
Superluas: um fenômeno recorrente, mas nem sempre extraordinário
Embora ocorram de três a quatro superluas por ano, nem todas são tão próximas. A superlua de novembro de 2016 foi a mais próxima desde 1948. Já a de 2052 será a maior do século XXI, um fenômeno que não se repetirá antes de 2114.
As maiores superluas do século XXI:
- 25 de novembro de 2034 – “Super Frosty Moon”
- 6 de dezembro de 2052 – “Ultimate Super Cold Moon”
- 17 de dezembro de 2070 – “Super Cold Moon”
- 17 de janeiro de 2098 – “Super Wolf Moon”
Superluas e desastres naturais: existe relação?
Apesar de especulações populares, não há evidências científicas de que superluas causem terremotos, erupções vulcânicas ou outros desastres naturais. O impacto gravitacional é mínimo, podendo alterar as marés em apenas alguns centímetros.