Em 1958, a Baía de Lituya, no Alasca, foi cenário de um fenômeno natural extraordinário. Um megatsunami atingiu a altura de 524 metros, superando a estatura do famoso Empire State Building. Este evento se destaca como o mais alto tsunami já registrado. A combinação de suas características geológicas únicas e a força da natureza resultaram em uma destruição sem precedentes.
O tsunami foi desencadeado por um enorme deslizamento de terra que deslocou aproximadamente 30 milhões de metros cúbicos de rocha, gelo e solo. Este deslizamento ocorreu de uma elevação de cerca de 914 metros até a baía. A estrutura em formato de fiorde da Baía de Lituya intensificou o impacto, criando ondas de proporções colossais.
Apesar da altura assustadora, o tsunami resultou na morte de cinco pessoas, devido à baixa densidade populacional da área na época. Os sobreviventes enfrentaram desafios para escapar das ondas terríveis enquanto estavam em suas embarcações.
O poder do tsunami era tal que erradicou árvores e remodelou as paisagens, deixando marcas que ainda são visíveis atualmente. A linha de vegetação jovem que emergiu contrasta com a vegetação mais antiga, destacando a amplitude da onda.
Causas subjacentes
A causa do megatsunami se deve a um terremoto de magnitude 7,8 na falha de Fairweather, uma área propensa a atividade tectônica. A região já havia testemunhado outros eventos sísmicos e tsunamis ao longo de sua história, devido à localização no Círculo de Fogo do Pacífico.
Décadas depois, as evidências do tsunami ainda são visíveis, com uma linha de destruição marcada nas florestas ao redor. Os especialistas consideram este evento significativo para o estudo e compreensão de megatsunamis, suas causas e seus efeitos.
Riscos de novos tsunamis
O derretimento acelerado das geleiras no Alasca está criando um risco significativo de novos tsunamis. Segundo cientistas, esse processo ocorre quando o gelo derrete rápido, desestabilizando as encostas. Em 10 de agosto de 2025, um deslizamento no fiorde Tracy Arm desencadeou um megatsunami, evidenciando a ameaça iminente para comunidades locais e turistas.
O Alasca está aquecendo mais rápido que a média global, com um aumento de temperatura de 2,5 °C desde 1950. Esse aquecimento impulsiona o derretimento das geleiras, comprometendo as margens das montanhas e promovendo deslizamentos no mar, potencializando tsunamis.




