A Marinha do Brasil tomou a decisão de suspender a tradicional Operação Formosa, que estava prevista para setembro de 2025, em Goiás. Este exercício militar, realizado regularmente desde 1988, foi cancelado por razões orçamentárias e tensões diplomáticas com os Estados Unidos. A decisão, comunicada em 20 de agosto, ocorreu mesmo com deslocamentos de tropas já em andamento.
A suspensão se deveu a questões financeiras e ao desenrolar de uma crise diplomática com os EUA, que decidiram não participar do exercício. Além disso, o Brasil optou por reorganizar suas prioridades militares, influenciando diretamente a decisão.
Reordenamento das prioridades militares
Com a suspensão da Operação Formosa, a Marinha focou na Operação Atlas – Armas Combinadas. Este exercício visa integrar as Forças Armadas em tarefas logísticas complexas, especialmente na Amazônia. O governo também irá direcionar recursos para a segurança da COP-30, evento em novembro, exigindo alocação financeira e operacional especial.
O cancelamento impacta acordos de defesa entre Brasil e EUA, complicando futuras ações conjuntas. Contudo, colaborações, como a Operação Core e o exercício Tápio, seguem confirmadas, indicando que os esforços diplomáticos seguem ativos.
Consequências na geopolítica
A suspensão de uma operação militar desta magnitude instiga discussões sobre o panorama geopolítico atual. Nos últimos anos, a presença de tropas estrangeiras, incluindo dos EUA e da China, nas edições da Operação Formosa reforçou a cooperação internacional.
A retirada recente dos EUA e de outros observadores indicam um enfraquecimento temporário desses laços militares.
A simbologia da Operação Formosa transcende sua função estratégica direta. Sendo realizada no coração do Brasil, sua relevância se estende aos acordos multilaterais e à defesa nacional.