Os smartphones podem estar com os dias contados, segundo Mark Zuckerberg. Durante o evento Meta Connect 2025, realizado em setembro na Califórnia (EUA), o CEO da Meta afirmou que os óculos inteligentesdevem se tornar o principal dispositivo da vida digital até o início da década de 2030.
“O que estamos vendo hoje é o começo do fim dos smartphones como conhecemos”, declarou Zuckerberg ao apresentar a nova linha de óculos Ray-Ban Meta de 2ª geração e o modelo experimental Ray-Ban Meta Display, ambos equipados com câmeras, assistente de IA e uma pequena tela integrada às lentes.
De acordo com o bilionário, a próxima geração de dispositivos de realidade mista será capaz de substituir completamente o celular nas principais atividades do dia a dia — como enviar mensagens, consultar notificações, receber direções ou realizar videochamadas.
“A tecnologia vai permitir interações mais naturais, devolvendo o contato visual e reduzindo a dependência do toque na tela”, explicou.
Zuckerberg destacou que, com o avanço da inteligência artificial integrada à realidade aumentada, será possível realizar tarefas cotidianas apenas com gestos das mãos ou comandos visuais — eliminando a necessidade de olhar constantemente para o celular.
Novos óculos inteligentes da Meta
A Meta apresentou dois novos modelos durante o evento:
- Ray-Ban Meta de 2ª geração — equipado com câmera de 12 MP capaz de gravar vídeos em 3K Ultra HD, bateria com até 8 horas de duração, e assistente de IA com tradução ao vivo em seis idiomas, incluindo português;
- Ray-Ban Meta Display — modelo premium com mini display interno, que exibe notificações e imagens diretamente nas lentes, além de integração com a Meta Neural Band, pulseira tátil que reconhece movimentos musculares e permite “digitar no ar”.
Nos Estados Unidos, os produtos serão vendidos a partir de US$ 379 (cerca de R$ 2 mil) e US$ 799 (cerca de R$ 4,2 mil), respectivamente. A empresa confirmou que o modelo Ray-Ban Meta 2ª geração chegará ao Brasil “em breve”, com inscrições abertas no site da Ray-Ban para interessados.
Tecnologia e falhas ao vivo
Durante a demonstração, Zuckerberg tentou atender uma ligação com o novo dispositivo, mas enfrentou problemas técnicos. “Não sei o que fazer”, brincou o executivo, arrancando risadas do público. A Meta atribuiu a falha a uma instabilidade de conexão no local.
Mesmo com o contratempo, a apresentação marcou mais um passo da empresa na corrida pela substituição dos smartphones por tecnologias de realidade mista — uma tendência também seguida por concorrentes como o Google, que planeja lançar seus óculos Android XR em 2026.
O início de uma nova era digital
Para Zuckerberg, a transição para os óculos inteligentes será gradual, mas inevitável:
“A década de 2030 será o momento em que o mundo deixará de ser movido por telas nas mãos e passará a ser movido por interfaces invisíveis no rosto.”
Com a chegada dos novos dispositivos da Meta, o futuro pós-smartphone começa a sair do campo da ficção científica — e se aproxima, literalmente, dos olhos do usuário.