Atire a primeira pedra quem nunca teve uma criança no seu pé perguntando “ô tia, tem joguinho no seu celular?”. Assim como a maioria de nós, as crianças também passam uma porção considerável do dia encarando a telinha do celular, jogando algum jogo ou vendo desenhos animados nas plataformas digitais. E é claro que o aparelho é um baita quebra-galho para pais e responsáveis, que vivem na correria, mas esse “vício” em telas pode prejudicar a formação dessas crianças.
A Sociedade Brasileira de Pediatria não aconselha que crianças de até dois anos tenham contato com telas e outros aparelhos eletrônicos. Segundo o levantamento Panorama da Primeira Infância: O que o Brasil sabe, vive e pensa sobre os primeiros seis anos de vida, realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, crianças dessa faixa etária passam em média duas horas por dia usando telas. Entre os dois e cinco anos, a recomendação da SBP é de no máximo uma hora por dia de telas. Entre os seis e 10 anos, a indicação é de entre uma a duas horas por dia.
Por que crianças não devem passar muito tempo com celular e outras telas?
Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, explica que vários estudos apontam uma correlação entre o tempo de tela e o risco de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, sendo que isso não vale apenas para crianças, mas também para adultos. Mais especificamente na infância, o uso excessivo de telas pode afetar o desenvolvimento da criança, causando problemas como “obesidade, isolamento social, dor muscular, déficit de atenção, hiperatividade e queda no rendimento escolar”, explica Mariana.



