A Prefeitura de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, implementou um decreto emergencial reduzindo a carga horária de aproximadamente 400 educadores, afetando diretamente sua remuneração.
A medida, que entrou em vigor na última semana, foi uma tentativa de controlar a crise orçamentária que o município enfrenta. Segundo o decreto, as jornadas de 32 ou 40 horas semanais destes professores foram limitadas a 20 horas, resultando em perdas salariais expressivas.
Impacto
A decisão surpreendeu muitos professores, pois afetou não apenas docentes temporários, mas também cargos de alto escalão, como a prefeita Adriane Lopes e seus secretários. As promessas iniciais de que os cortes não atingiriam diretamente o corpo docente aumentaram a indignação entre os educadores.
Eles relataram a falta de comunicação prévia sobre a redução dos salários. Também houve a decisão de não aumentar os salários dos educadores que possuem especializações, mestrado ou doutorado, impactando aqueles com altas qualificações.
O sentimento de insegurança cresce à medida que ajustes financeiros futuros são esperados. Os professores se veem na linha de frente dos cortes implementados pela prefeitura, que justifica a medida como necessária para conter um possível colapso financeiro nos serviços públicos essenciais.
A Associação Campo-Grandense dos Professores (ACP) já se prepara para mobilizações. Assembleias estão programadas para discutir ações jurídicas que possam reverter ou minimizar o impacto dessas decisões.




