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Milionário, dono de uma das maiores redes do Brasil, passou por constrangimento ao ser barrado na própria loja

Por Pedro Silvini
27/10/2025
Em Geral
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Supermercado Fruta

(Reprodução/IStock

Um vídeo que voltou a circular em 22 de outubro de 2025 nos grupos de WhatsApp mostra um episódio inusitado — e constrangedor — envolvendo Antenor Angeloni, fundador e um dos maiores nomes do varejo catarinense. No registro, gravado há cerca de três anos, o empresário aparece impedido de realizar compras em uma loja da própria rede, localizada em Criciúma (SC).

Visivelmente irritado, Angeloni questiona os funcionários:

“Eu fundei, eu fiz tudo, e tô aqui ridiculamente impedido de fazer compras?”, protesta o empresário diante das câmeras.

O episódio teria sido motivado por uma decisão judicial relacionada à sua companheira, Vandressa Salvador Cesca, que à época estava com o cartão corporativo bloqueado por determinação da Justiça. Segundo testemunhas, Vandressa tentou realizar compras e, ao não conseguir efetuar o pagamento, Antenor foi acionado para resolver a situação, prometendo quitar o valor posteriormente.

A tensão aumentou quando, diante da insistência da equipe em cumprir o protocolo, o fundador elevou o tom e usou palavras de baixo calão, exigindo explicações sobre as ordens recebidas “da diretoria”.

Reação dos funcionários

Funcionários tentaram conter a situação. Uma colaboradora chegou a afirmar:

“É difícil para nós também”, numa tentativa de acalmar o empresário.

A gerência local acabou intervindo e sugeriu que o pagamento fosse liberado mediante assinatura de notas promissórias, o que teria irritado ainda mais Angeloni.

O vídeo, que só agora se tornou público, trouxe discussões sobre gestão corporativa, hierarquia interna e o distanciamento entre fundadores e executivos nas grandes redes varejistas.

A história por trás do conflito judicial

O episódio ganhou novos contornos à medida que vieram à tona detalhes de um processo judicial envolvendo Vandressa Salvador Cesca, companheira de Angeloni.

Em fevereiro de 2023, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou Vandressa e sua mãe por apropriação indevida de valores e abuso de incapacidade mental do empresário. De acordo com a denúncia, Vandressa teria desviado R$ 24,6 milhões das contas pessoais de Antenor, aproveitando-se de sua condição de saúde debilitada e de um quadro de demência diagnosticado.

O promotor Fernando de Menezes Júnior, responsável pelo caso, afirmou que a ré teria criado uma empresa fictícia para movimentar os valores em benefício próprio.

A sogra de Angeloni também foi denunciada por usar um cartão de crédito do empresário para compras que somaram R$ 23 mil em produtos de uso pessoal.

As duas mulheres foram acusadas de abusar de pessoa em estado de vulnerabilidade. Se condenada, Vandressa pode pegar mais de oito anos de prisão, enquanto a mãe dela pode cumprir pena mínima de três anos, além de ressarcir os prejuízos.

O império Angeloni

Fundado há mais de 70 anos, o Grupo Angeloni é hoje a terceira maior rede de supermercados de Santa Catarina, com faturamento anual de R$ 3,8 bilhões, atrás apenas do Grupo Koch (R$ 10,3 bilhões) e do Giassi (R$ 4 bilhões).

A marca, que começou como um pequeno armazém familiar em Criciúma, é hoje símbolo de tradição, solidez e inovação no varejo catarinense. O grupo opera supermercados, farmácias, postos de combustíveis e centros de distribuição, empregando milhares de pessoas no estado.

O episódio recente, no entanto, evidencia as complexidades de sucessão e governança em empresas familiares que se transformam em gigantes corporativas.

Repercussão e debate público

O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais, gerando repercussão nacional. Muitos usuários expressaram solidariedade a Angeloni, destacando a ironia de um fundador ser barrado em sua própria loja. Outros, porém, apontaram que os funcionários apenas cumpriram normas jurídicas e internas, sem margem para decisões pessoais.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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