Em todos esses milhares de anos da Igreja Católica, o termo padre se refere somente a homens, apesar de tantas conquistas que as mulheres obtiveram ao longo dos tempos. Apesar de ser algo inimaginável para muitas pessoas, existe um movimento com cerca de 200 mulheres em todo o mundo, que buscam conquistar esse espaço que é totalmente masculino, para que possam ter a chance de serem padres pela Igreja, um ato que é visto como desafiante para os católicos.
Nos documentos atuais do Vaticano, não é permitido que mulheres sejam padres, inclusive a ordenação liderada por mulheres é vista como um crime grave, passível de excomunhão pelo direito canônico. Ou seja, as mulheres que participarem de uma “ordenação” ficam impedidas de receber os sacramentos, incluindo a comunhão, ou de ter funeral realizado na igreja.
Saiba mais sobre o movimento de mulheres para serem padres
De acordo com a Igreja, ela se baseia nessa proibição conforme interpreta as passagens bíblicas, além da tradição e no ensinamento de que Jesus escolheu apenas homens como seus apóstolos. Dessa forma, as mulheres ficam impedidas de participar de qualquer tipo de ordenação, como diáconas, padres ou bispas. No entanto, existem mulheres católicas que se dedicam à Igreja que querem mudar essa ordem.
Um dos movimentos mais conhecidos é o Roman Catholic Womenpriests (RCWP), uma organização internacional independente que afirma ter conexões com a Igreja Católica. Assim, elas são capazes de realizar cerimônias de ordenação para mulheres e homens que se sentem chamados ao sacerdócio e buscam um modelo de Igreja mais inclusivo. Mas, a Igreja Católica Romana não reconhece a validade dessas ordenações e excomungou as mulheres e bispos envolvidos.
Além desse, também existem outros movimentos que querem mudar essa regra tão fundamentada, afirmando que a exclusão de mulheres se baseiam em preconceitos históricos e culturais. Apesar dos avanços, ainda não existe uma data para que as mulheres possam ser padres um dia.